O judaísmo bíblico de D’us
Às vezes me pergunto: Se Deus tivesse uma religião, qual seria? Dentre
as numerosas religiões existentes, quais Ele apoiaria? Será que D’us, Yeshua,
Pedro, João ou Paulo teriam criado o cristianismo nas suas mais variadas
vertentes? Será que D’us apoiaria todos os segmentos, conceitos e doutrinas do
judaísmo contemporâneo?
Se cremos que toda a Bíblia é a autêntica palavra inspirada pelo próprio
D’us, podemos, então, em uma rápida análise responder que D’us não endossaria
nenhuma religião humana que estivesse fora ou fosse contradizente à Sua própria
Palavra já revelada. Também, com certeza, muitos pontos e conceitos tanto do
judaísmo como do cristianismo contemporâneo seriam abominados pelo Eterno de
Israel, Bendito Seja!
A grande verdade não percebida por muitos é que o D’us de Abraão, Isaque
e Jacó ou o D’us Eterno criador do universo é imutável. Vemos isto em todas as
Sagradas Escrituras. O profeta Malaquias (3:6) atesta: “… pois Eu, o Senhor,
não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Se cremos que
Jesus, Yeshua HaMashiach, é o unigênito e primogênito do D’us Criador, tendo
ele a mesma natureza divina e unidade com o Pai, então, Jesus também é imutável
como o Pai. Podemos comprovar a imutabilidade de Yeshua no livro de Hebreus
(13:8): “… Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Assim, o Pai
está no Filho e o Filho está no Pai numa perfeita unidade e sintonia. É o que
diz João no verso 21 do capítulo 17.
O apóstolo Paulo diz que desde o início de todas as coisas “… Yeshua, o
Filho, é a imagem do D’us invisível, o primogênito de toda a criação; porque
Nele foram criadas todas as coisas nos seus céus e na terra, as visíveis e as
invisíveis(…) Ele é antes de todas as coisas, e Nele subsistem todas as
coisas…” (Cl 1:15-17). Ou seja, não há como Yeshua agir, criar ou ser diferente
de Seu Pai.
Quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1:26) e o
colocou para habitar e lavrar a terra, este não fora criado para morrer ou tão
pouco para ter seus dias de vida limitados. Não há sentido a Bíblia afirmar
sobre o homem ter sido criado à imagem e semelhança divina (mesmo se
interpretada no sentido espiritual), se este viver fora do relacionamento com
D’us.
Sabemos que o pecado foi o causador da quebra do relacionamento e
distanciamento do homem com o Seu criador. O homem foi então privado de comer
da árvore da vida, não podendo mais viver eternamente (Gn 3:22). O Senhor o
lançou para fora do jardim do Éden para lavrar a terra de que fora formado (Gn
3:23).
Aqui estão duas palavras-chaves: a árvore da vida e o Éden, tipificando
a eternidade e a vida de relacionamento com o D’us criador. A partir desta
queda, imediatamente D’us começa a cuidar e providenciar para o homem pecador a
redenção para que o mesmo voltasse ao Éden. Por isso, a Torá, a Palavra de
D’us, o verbo, se faria carne e habitaria entre nós, padeceria por nós a fim de
remover a natureza pecaminosa do homem para que este pudesse voltar ao eterno
Éden.
Afim de que o homem entendesse todo este processo de redenção através de
um Messias, o Filho de D’us, é que Ele começa já com Adão e seus descendentes o
ensinamento de vários e preciosos conceitos para que o Éden, o paraíso, fosse recuperado.
D’us sempre quis revelar-se ao homem no sentido de religá-lo a Ele e à
Sua eternidade. O termo religião (religar, do latim, “religare”) nos diz muito
mais do que uma mera religião humana. Devemos entender que D’us tem uma
religião, não humana, mas divina no sentido que o homem se religue a Ele e
volte ao Éden.
É muito importante notar que D’us poderia ter dito na Torá tudo isto de
uma só vez, revelando todas as etapas da redenção ao homem. Mas Ele não fez
assim. Ele prefere mostrar ao homem esta “teshuvá”( hbw`t – caminho de volta, arrependimento) em etapas, centralizando Sua
estratégia de resgate através de um Salvador, um Redentor, incumbindo esta
missão ao Seu próprio Filho.
A “religião” de D’us, então, começa a se despontar com o próprio Adão,
aquele que perdeu o Éden.
(A fim de elucidar este plano divino da redenção, citaremos alguns dos
heróis da fé de Hebreus capítulo 11 que foram mensageiros de parte dos
ensinamentos que compõem a “religião” de D’us).
Ainda com Adão, D’us o instrui sobre o perigo e o dano do pecado, sobre
o conceito de livre-arbítrio e preconiza a este o Messias que destruiria a
“serpente”, o diabo (Gn 3:14). Através de seus filhos Abel e Sete, D’us mostra
ao homem que Ele se agradava das primícias de um rebanho, do sacrifício de
sangue de animais no sentido futuro que a vida eterna e a remissão do pecado
seriam por meio do derramamento de sangue, já em alusão ao Messias que viria.
Em seguida, D’us faz uma incrível revelação ao homem: era possível
vencer o pecado e andar novamente com Ele. D’us amou tanto o estilo de vida e
testemunho de Enoque que o arrebatou para Si (Gn 5:23-24).
Buscando-se na própria Torá o entendimento das revelações de D’us para o
resgate do homem, surge um outro personagem pelo qual D’us muito falaria à
humanidade: Noé. Se por um lado o pecado abundava na terra como conseqüência
desta separação entre o homem e D’us, por outro lado o Criador ensina e ordena
a Noé a construção de uma grande arca por meio da qual os justos seriam salvos
e resgatados do juízo divino. Diz a Palavra que pela fé Noé condenou o mundo e
se tornou herdeiro da justiça (Hb 11:7).
Através da geração de Nóe, D’us escolhe seu filho Sem e mostra a este
que seria fiel às suas gerações. O povo semita (descendentes de Sem) faria
parte do plano da redenção divina. Para comprovar tal fidelidade, D’us visita a
9ª geração de Sem, escolhendo Abrãao, o hebreu, ou seja, aquele que cruzaria o
deserto desde Ur na Caldéia até a terra de Canaã, a terra prometida. Assim, a
‘religião’ de D’us ganha mais um personagem com quem é celebrada uma aliança
perpétua. D’us agora deseja um povo e uma terra para que o homem continue
entendendo Seu plano de redenção. Para Abraão, nosso pai da fé, D’us revela Sua
bênção aos seus descendentes de sangue, mas também Seu amor e desejo de
resgatar as nações da terra (Gn 12 a 17). Através de seu filho Isaque, D’us
apresenta o “Cordeiro” que proveria salvação à humanidade. Por Isaque D’us
determina também a linhagem do povo hebreu e a Sua promessa que deste viria o
Redentor.
Mas é através de Jacó que D’us consolida a formação do povo hebreu.
Dentre as famílias que constituiriam as 12 tribos, destaca-se a tribo de Judá.
Esta receberia a bênção pela qual o cetro e o bastão de autoridade não se
arredariam dela até que viesse Shiló (tipificando o Messias) a quem os povos
obedeceriam (Gn 49:10). Assim, de Judá, filho de Léa, descenderia o Leão, o
Redentor.
É como se D’us parasse por um pouco o cenário da redenção e abrisse
agora um grande parêntese na história: – a revelação da Torá, ou seja, dos
santos ensinamentos através de seus mandamentos, estatutos e ordenanças. Ao
mesmo tempo que D’us se auto-revela na Torá, mostrando Sua soberania, Seu amor
infinito e Seu santo caráter ao homem, Ele dá ensinamentos que falam de Seu
eterno desejo de ter o homem de volta ao Éden. Para isso, D’us treina e prepara
Moisés, tanto no Egito como no deserto, para mostrar o Seu poder e Seu lado de
grande libertador. Ele resgata, então, Seu povo da escravidão e da maldade de
Faraó e os leva miraculosamente pelo deserto numa longa caminhada à terra
prometida a Abraão, a terra de Canaã.
Simbolicamente, D’us estava mostrando ao homem a graça que viria pelo
Sangue Remidor de um Cordeiro que seria imolado para tirar o pecado do mundo e
ao mesmo tempo, deixando revelado nas leis da Torá Sua sabedoria para que o
homem fosse, nesta graça, bem sucedido e próspero na caminhada em direção à
Canaã celestial.
D’us ainda revela ao homem que Ele é santo e que também nos quer santos,
exercendo o perfeito e sublime sacerdócio. Arão é este sacerdote escolhido e a
ele é pedido que abençoe o povo, enfatizando que Sua face irá resplandecer
naquele que desejar esta Luz, esta misericórdia e o eterno shalom (Nm 6:24-26).
Tempos se passam e as tribos se estabelecem na terra prometida. Mas D’us
não se dá por satisfeito. Ele agora que mostrar um Rei, o Rei dos reis.
Inimigos de todos os lados tentarão destruir este reinado. Mas, no meio dos
louvores e na mais perfeita adoração de um coração errante, porém contrito e
quebrantado, D’us revela mais de sua “religião” através do rei David. Neste
transfigura a imagem de um “Ben David”, de um Filho de David, um propósito do
surgimento do Rei dos reis, o Messias, o ungido do coração do Pai. Tipificando
ainda a glória deste Rei e de Seu reino milenar de Jerusalém, desponta Salomão
em sua sabedoria e glória.
O povo não pode entender tudo isto. Não vivia segundo as leis e
propósitos do Senhor e por isso sofreu muito, sendo exilado da terra prometida.
Ou seja, ao mesmo tempo em que tinham o direito e o livre arbítrio de viver
numa terra que corria leite e mel, deixam-se cair na opressão do exílio, numa
terra estranha as promessas.
D’us não desiste do resgate e levanta profetas como Daniel. Depois
vieram Esdras e Neemias, que foram os grandes restauradores dos valores da
Torá, dos ensinamentos esquecidos pelo povo. Assim, resgatam-se os ensinamentos
divinos, restauram o culto a D’us e voltam para a terra de seus pais.
Mas D’us não desiste na continuidade de seu plano de redenção. Conceito
e princípios sobre o Seu Messias, Seu unigênito, precisavam ser ensinados ao
povo claramente. Seu filho seria chamado de Emanuel (D’us conosco). Ele fala
então pela boca do profeta Isaías sobre a primeira vinda de Seu filho que
traria a redenção eterna para aqueles que Nele cressem. Jeremias, Ezequiel,
Zacarias e outros falaram também da segunda vinda do Messias em glória que
reinará por mil anos com seus eleitos. D’us ensina ao povo de Israel e também
as nações Seu incomensurável amor, mas também sobre o Seu juízo que virá sobre
a terra.
Neste exato momento decide D’us que é hora de enviar Seu Filho que
falará claro sobre esta redenção eterna. Yeshua então traz consigo a graça da
salvação. Ele foi o sacrifício vicário perfeito vertendo seu sangue para remir
os pecadores. Ele traz a redenção interior, a ressurreição. Ele se mostra
obediente ao Pai, vivendo e ensinando os princípios da Torá a todos. Ele cumpre
a lei, trazendo equilíbrio e revelação. Não havia como Ele não cumprir a Torá
de D’us, porque Ele é a própria Torá (Palavra de Instrução do próprio D’us) que
se fez carne, o Verbo que habitou entre nós. Ele é o Amém, pois Nele a
fidelidade de D’us se cumpre através de todas as bênçãos e promessas que Ele
próprio traz (IICo 1:20). Ele é o caminho, a verdade e a própria vida eterna. O
Éden desceu à terra e aos homens de boa vontade. Yeshua enfatizou os propósitos
do Pai e jamais foi contrário às leis dadas pelo Pai ao longo da história. Ele
deixa esta terra falando de sua segunda vinda, quando então continuará o processo
de redenção e restauração de todas as coisas (At 3:21). Ele falou do início e
do fim, mostrando o maravilhoso Éden, Seu desejo inicial e final e o reino
eterno para aqueles que Nele cressem.
Em tudo isto Yeshua continuou nos princípios do Judaísmo Bíblico de Seu
Pai.
Seria algo estranho o Filho mudar o propósito do Pai. Corrigiria Yeshua
Seu Pai quando Este deu aos homens o conceito da existência de um só D’us, de
um só Messias, uma só redenção pelo sacrifício de sangue? E o conceito de
aliança, de adoração, santificação, de justiça e vida eterna. Mudaria Yeshua os
conceitos dados por Seu Pai por meio da Torá e dos profetas? Mudaria Ele um
“Yud” (equivalente a letra “i”, sendo a menor letra da língua hebraica) da Lei?
Claro que não!
Seus seguidores, apóstolos e discípulos também procederam como Yeshua e
foram zelosos com a Lei (At 21:20). Vemos Pedro continuando a levar aos
compatriotas e aos gentios que viviam em Israel o judaísmo de Yeshua. Paulo foi
mais além, cruzou mares e atravessou países como um verdadeiro hebreu (yrb[) levando esta mensagem de uma redenção completa em Yeshua, o messias
judeu. Paulo, hebreu de hebreus, fariseu de fariseus, zeloso da lei e
praticante de todo o judaísmo bíblico confrontou seus princípios e doutrinas
com o paganismo dos gentios. As nações agora podiam ter acesso a esse judaísmo
divino, livre dos equívocos dos rabinos e legalistas da época que não
conheceram e nem reconheceram Yeshua como o messias de Israel.
Lucas compila os Atos dos Apóstolos, constituindo a base para a Igreja
judaica do primeiro século, reunindo judeus e gentios crentes em Yeshua. Ambos
viviam segundo o seu chamado: – os judeus crentes viviam como judeus,
preservando sua identidade judaica. Os gentios crentes também viviam como
gentios não se tornando judeus. O Primeiro Concílio de Jerusalém deixa isto
muito claro (At 15).
Outros discípulos como Tiago também escreveram dentro deste prisma
judaico em sintonia com a Torá, nos lembrando princípios da Torá, como exemplo,
não é possível existir fé sem obras.
Finalmente, aparece João, o apóstolo querido e mais novo de Yeshua. Na
ilha de Patmos, ele recebe a revelação sobre a volta de Yeshua em glória, da
redenção completa e final do mundo, do juízo final e do Reino Vindouro, selando
as últimas palavras das Sagradas Escrituras. Dos seus 406 versículos do livro
depois chamado de Apocalipse, ele consegue repetir mais de 278 versículos da
Torá, mostrando que todos os livros estão na mesma sintonia do judaísmo bíblico
de D’us.
Em suma, D’us começou tudo falando do Éden e termina falando do próprio
Éden, mostrando e testificando a realidade da Nova “Yerushalyim shel Zahav”
(Jerusalém de ouro), do Paraíso e da eternidade do Éden agora resgatado para
sempre.
Nenhuma religião do mundo mostrou todo este plano de uma maneira lógica
e poderosa. Tão pouco apresentou um alto padrão moral que é mais importante do
qualquer outra doutrina, como ensina o judaísmo bíblico de D’us.
Por desígnios não alheios a vontade divina, Israel foi chamado pelo imperador
Adriano de “Palestina” (alusão a terra dos Filisteus) e Jerusalém (a cidade do
D’us da Paz) teve seu nome mudado para “Aelia Captolina” (a capital do sol, em
homenagem ao deus dos pagãos). Judeus no ano 70 d.C. foram expulsos de sua
própria terra e espalhados pelas nações. Já no segundo século, o judaísmo
bíblico de D’us já era chamado de cristianismo e, sediado em Roma, começou a se
espalhar pelo o mundo. Sentimentos anti-semitas fizeram com que os cristãos, a
partir do terceiro século, se tornassem cada vez mais distantes do povo judeu e
dos princípios judaicos.
Sem dúvida o maior erro da história da redenção foi quando o homem
ignorou em parte este divino ensinamento, se afastando cada vez mais das raízes
judaicas de sua fé. Uns foram movidos por fortes emoções de uma experiência com
o próprio D’us, outros movidos por suas próprias ambições carnais. Estes foram
aos poucos ignorando os ensinamentos da Santa Torá, abolindo leis, mudando
conceitos, ajustando a justiça divina à vulnerável justiça humana.
Veio a frieza e a perseguição dos Cruzados no século XII. Mais tarde, a
situação piora ainda mais para o lado dos judeus que do século XV em diante
passaram pelas atrocidades e crueldades das Fogueiras da Inquisição do Santo
Ofício de Roma. O cristianismo romano no século XVI se enfraquece um pouco com
a ruptura daqueles que deram origem a Reforma Protestante. Depois caímos todos
no fundo do poço quando na Segunda Guerra Mundial cerca de seis milhões de
judeus foram assassinados nos campos de concentração. O inimigo queria para
sempre exterminar o povo da bíblia e, consequentemente, o cumprimento profético
que ele traz e que ainda irá se cumprir como plano da redenção final de D’us.
De lá para cá grandes graças e bênçãos têm sido recuperadas. Foi criado o
Estado de Israel, os judeus começam, profeticamente, a voltar para a terra
prometida. Mas há muito ainda que se fazer, pois segundo o profeta Ezequiel é
necessário que seja removido o coração de pedra para dar lugar ao coração de
carne viva, no contexto de um novo espírito (Ez 36:26). D’us quer judeus
“nascidos de novo” (Jo3:3).
Neste ponto da história no final do século XX ressurgem os judeus
messiânicos expressando seu direito de preservar a identidade judaica para
preservar o cumprimento das profecias messiânicas e a crença na pessoa de
Yeshua como o Messias de Israel. Tanto a comunidade judaica se abala, como a
maioria dos cristãos. Mas o movimento de volta aos princípios da Igreja do
Primeiro século ganha cada vez mais força. No meio de muita oposição, surgem
dentre os messiânicos aqueles que proclamam uma nova etapa no processo de
redenção:- a restauração da Igreja nos moldes do primeiro século, vivendo os
mesmos princípios que viveram os profetas, Yeshua e seus discípulos. A meta é
corrigir o que foi errado ao longo da história. Corrigir a rota para uma Igreja
santa, pura, imaculada e nova não será uma tarefa fácil.
Outra ala do movimento judaico messiânico enfatiza em restaurar
tradições e doutrinas do judaísmo medieval-contemporâneo ao invés de enfatizar
o Judaísmo Bíblico de D’us. Nós, ao invés de criarmos mais denominações e
ramificações cristãs, queremos agora nossa unidade no Messias. Judeus e gentios
crentes em Cristo, a família de D’us (Ef 2:29).
Creio que, no processo de Restauração, aquilo que nos une (o sangue e a
salvação em Yeshua) precisa falar mais alto do que doutrinas que têm dividido o
Corpo. Sem santificação, estudo da Palavra, unção e muita revelação não será
possível colocar de novo a Igreja no mesmo padrão deixado por Yeshua quando
partiu do Monte das Oliveiras. Cremos que para lá ele volta em breve (At 1:11).
Antes disso, Israel precisa ser salvo (Rm11:26). A Igreja e Israel precisam
passar por restaurações profundas. O movimento judaico messiânico fará crescer
o número dos ramos naturais que constituem o Israel de D’us. Os gentios em
Cristo, ramos não naturais que foram enxertados nesta Oliveira, precisam ser
restaurados para que permaneçam enxertados numa oliveira judaica. Este tem sido
o motivo de tantas confusões e desavenças entre nós.
Mas o muro de separação entre judeus e gentios crentes foi quebrado.
Agora é hora de ambos deixarem seus próprios interesses e começarem juntos,
mesmo que ainda não entendendo tudo, trabalharmos cada um no seu chamado. A
Igreja que o Espírito de D’us prepara para Seu Filho é nova (sem ruga – Ef
5:27). Então é tempo de renovo, é tempo de restaurar e construir junto o sólido
edifício sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas (a Torá), sendo Yeshua
a principal pedra de esquina, na qual todo edifício bem ajustado cresce para o
templo santo do Senhor (Ef 2:21). O segredo deste ajuste e detalhe da planta do
edifício está no conhecimento dos princípios do Judaísmo Bíblico de D’us
vividos por Yeshua. Que o Senhor levante bons “engenheiros” para trabalharem
nesta tremenda e eterna obra: a volta ao Éden.
“Converte-nos a ti, Senhor, e seremos convertidos; renova os nossos dias
como dantes.”(Lamentações 5:21
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