sexta-feira, 31 de maio de 2013

EDUCAÇÃO NA MESOPOTÂMIA

O ponto forte da educação na Mesopotâmia era a escrita cuneiforme. Embora, como em praticamente todas as nações da Antigüidade, a tradição oral existiu e foi a base da transmissão de todo o conhecimento. Entretanto foi o desenvolvimento do primeiro sistema prático de escrita nas primeiras cidades da Mesopotâmia que alavancou a civilização daquela época, refletindo no progresso econômico, intelectual e cultural do homem.
Esta foi, inclusive, uma marca registrada na Mesopotâmia: o pioneirismo; as invenções e os projetos que começam a interferir no curso de seu tempo. Um bom exemplo é o da cerâmica, que passou a ser utilizada no aprimoramento das habitações, com detalhes em pinturas leves.
Um dado interessante diz respeito à invenção e aperfeiçoamento da escrita tendo ocorrido dentro do templo, por meio da casta sacerdotal. Como é quase unânime na Antigüidade, a leitura e a escrita (compondo o processo ensino-aprendizagem) dão seus primeiros passos por meio dos sacerdotes.
A escrita cuneiforme adquiriu tamanha importância que deu ao escriba o status de profissional qualificado, para que se pudesse desempenhar o ofício de um escriba, deveria-se passar um longo tempo na chamada edubba, que era o local destinado à educação e ao treinamento dos escribas. Existiu uma parábola babilônica que dizia: “A escrita é a mãe da eloqüência e o pai dos artistas”. [1]
[1] (Kramer, 1967) Nesta obra o autor deixa nítida a relevância do papel do escriba numa civilização que já é conhecida pela invenção do sistema escrito; o que deu a este ofício maior importância do que em outras civilizações.
O escriba em formação freqüentava a escola desde o início da juventude até a idade adulta. Outro estudo de grande interesse na Mesopotâmia era o da adivinhação, que consistia em ler a vontade dos deuses e predizer o futuro, interpretando os augúrios. [2]
 Um dos alicerces do ensino na Mesopotâmia era a literatura. Poemas e um significativo conjunto de obras literárias eram compostos, e recebiam dos escribas especial atenção.                               
 Não se pode negar a imensa contribuição que a Mesopotâmia, dentre as várias civilizações antigas, prestou com a invenção da escrita, satisfazendo uma necessidade de registros já solicitada pelo povo da época, além de sua rica literatura pautada em provérbios e ditos populares.
 [2] augúrios são processos advinhatórios geralmente oriundos da observação de fenômenos da natureza.
 Referências Bibliográficas:
KRAMER, Samuel Noah.  Mesopotâmia- o berço da civilização. Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1967.
MANCINI, Ana Paula Gomes et alli. História da Educação. São Paulo, AVERCAMP Editora, 2006.

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