sexta-feira, 31 de maio de 2013

PESACH APONTA UNICAMENTE PARA YESHUA

Prefácio
E
m 430 anos de escravidão no Egito sob o calor da opressão, D-US escolhe um homem chamado MOSHEH (Moisés) e o conduz por 40 anos no deserto, afim, de levantá-lo  como um canal para libertar seu povo Israel.
  Após sucessivas pragas sobre o Egito mostrando a fragilidade e inoperância dos seus deuses, D´US enfatiza sua autoridade e se revela ser um único D´US. Por fim,D´US estabelece num ato milagroso sua páscoa como memorial de libertação para seu povo.
   A páscoa de hoje que vivemos, esta muito além do sentido original dado por D´US. coelhos... Chocolates... Anos de desvio doutrinário bíblico fez do pesach de DEUS um marketing de multinacionais com outdores e propagandas em radioteledifusão lucrativas, alienando ao seu sentido real de libertação através do sangue do cordeiro pascoal destinado a morrer. A celebração da páscoa em Israel é uma festa de intensa participação das crianças. Qual a intenção? Ir registrando nas vindouras gerações quão grande milagre Deus operou, trazendo libertação ao povo, então as crianças perguntam: Manishtaná? Ou seja, "O que há de diferente esta noite? A resposta não é aquela que os ocidentais estão acostumados, onde empanturram as crianças de chocolates, ovos de chocolates, coelhinhos, etc. e tal, mas uma resposta Bíblica, pois passam a narrar toda parte bíblica onde está registrado o cativeiro egípcio, a libertação e como a  mesma se deu. Por que o fazem? Porque cumprem a ordenança de Deus, que diz ser estatuto perpétuo, narrar tal livramento. Êxodo
   A páscoa na figura do seu cordeiro imolado para libertação aponta em linguagem tipológica e nos ensina muito mais sobre a vida e morte do Messias JESUS. D’us já em Mosheh antecipava dia e mês, como e de qual maneira, seu único filho morreria para salvar a humanidade na libertação advinda do seu sangue vertido na cruz.
Pêssach é um feriado judaico de origem bíblica com oito dias de duração. Marca o nascimento dos judeus como um povo há mais de 3.300 anos, e também seu surgimento como nação, sob a liderança de Moshê (Moisés), devotada a cumprir a vontade de D'us.
Pêssach celebra a liberdade dos filhos de Israel da escravidão e, ao mesmo tempo, a libertação do antigo sistema egípcio e seu modo de vida. Dessa maneira celebramos liberdade espiritual, juntamente com liberdade no sentido físico.O êxodo foi um evento histórico real, que ocorreu e foi documentado para a posteridade. Entretanto, além do significado histórico de Pêssach, devemos entender os conceitos de escravidão e redenção em termos metafóricos e espirituais, intensificando nossa compreensão desses eventos até que possamos realmente nos sentir partindo do Egito nos dias conturbados que vivemos hoje.Porém, como é possível para um indivíduo que nunca esteve no Egito ou sofreu escravidão entender Pêssach (não se preocupe, em estatística, você pertence à maior "fatia")? Como pode o povo, jamais tendo passado por algo semelhante à provação sofrida por nossos ancestrais, identificar-se pessoalmente com o milagre da redenção?Nossos Sábios enfatizaram a relevância contemporânea com a qual devemos considerar o Êxodo: "Em cada geração, uma pessoa é obrigada a pensar em si mesma como se tivesse pessoalmente deixado o Egito." Tudo que gira em torno das duas primeiras noites de Pêssach segue uma seqüência, uma ordem, denominada sêder. Esta ordem está descrita em detalhes em um livro especial lido nesta ocasião chamado Hagadá, que significa "narrativa". Nela se encontra o relato da escravidão, colocações de nossos sábios, canções, e uma orientação, passo a passo, de como devemos proceder. O principal objetivo da Hagadá, "Narração" é relatar a nossos filhos a história do Êxodo e tornar públicos os milagres e maravilhas que ocorreram. A pessoa que dirige o Sêder deve explicar seu conteúdo de forma clara e em linguagem que todos possam compreender.
O pensamento judaico explica que o Egito é mais que uma localização geográfica, e que existem outras formas de servidão além de escravidão no sentido físico (você já ouviu falar de "escravo do tempo", "escravo do dinheiro" ou "escravo de preconceitos", etc? Existem centenas de "escravidões".As duas primeiras noites de Pêssach servem para reunir a família em torno de uma mesa farta de símbolos colocados sobre uma travessa que envolve a todos em torno de perguntas e curiosidades que irão surgir ao longo da noite. Terá início uma viagem mística e ímpar de todos os membros pela história, desde a escravidão no Egito à conquista da liberdade, física e espiritual até os dias de hoje.Cada um é "sócio majoritário" de seu próprio "Egito" e nestas noites ganhará outros sócios. Juntos aprenderão lições do passado que servirão como "ferramentas de marketing" para lançar no mercado um novo produto: você, pronto para trabalhar em seu auto refinamento e ganhar sua verdadeira liberdade. O Sêder nos proporciona a oportunidade de reviver, não apenas recordar, o Êxodo do Egito. E o êxito desta noite, só depende de você. Com a aproximação de Pêssach, podemos novamente rememorar aquele grande evento no alvorecer de nossa história. Nosso povo foi libertado do cativeiro egípcio a fim de receber a Torá como homens e mulheres livres.
A memória e a imaginação nos dão a capacidade de nos associar a um acontecimento no passado, e reviver as emoções que foram sentidas por ocasião do evento. Estamos limitados pelo tempo e pelo espaço, mas apenas fisicamente.
Em nossa mente, podemos viajar sem limites, e quanto mais espirituais nos tornamos, mais perto chegamos do passado, e mais intensamente podemos vivenciar sua mensagem e inspiração.
Lembrar é uma conquista espiritual. Ao comentarem sobre o versículo "E estes dias serão lembrados e feitos" (Esther 9:28), nossos Sábios ensinam que tão logo estes dias sejam relembrados, são espiritualmente revividos. A Divina benevolência que trouxe milagres no passado é redespertada por nosso ato de lembrança.
Pessach é a "Festa de nossa libertação". Celebra um evento histórico: o Êxodo do povo judeu do Egito. No entanto, nossos Sábios nos ensinam que em toda geração, e em todo e cada dia, devemos nos ver como se tivéssemos acabado de ser liberados do Egito. A implicação é que a liberdade não foi atingida de uma vez por todas. Requer constante vigilância. Cada dia, e cada ambiente, encerram seu próprio Egito – um poder de minar a liberdade de um judeu. Talvez a maior ameaça venha de dentro. A convicção que determinadas realizações estão além de nós – a crença forte, confortável, de que a pessoa não nasceu para atingir o auge da vida espiritual. Acreditar nisso é colocar barras ao redor de si mesmo, deixar-se aprisionar por uma ilusão.
Pêssach, assim, é um processo contínuo de auto-libertação. A festa e suas práticas são símbolos de um conflito constantemente renovado num judeu: criar a liberdade de viver seu potencial espiritual. Esta é uma das razões pelas quais somos conclamados a lembrar nossa libertação do Egito em toda geração e todos os dias. Devemos pessoalmente "sair do Egito" todos os dias. Escapar de seus limites, tentações e obstruções que nossa existência física coloca no caminho de nossa vida espiritual.
A manifestação de nossa libertação do Egito é a liberação de nossa alma Divina das restrições de seu ambiente físico. E quando esta é conseguida – com a ajuda de D’us que nos libertou do Egito, e através de uma vida de Torá e mitsvot – termina uma grande angústia espiritual. O conflito interior entre aquilo que é físico e o que é Divino na natureza de um judeu é transcendido. Podemos então desfrutar a verdadeira liberdade, o senso de serenidade e harmonia, que é o prelúdio à liberdade e paz no mundo em geral.
O pessach é muito mais que uma mera festa ordenada por D´us ela também é amor mútuo D'us sempre se orgulha das virtudes do povo judeu e o louva, e o povo, por sua vez, sempre louvou a grandeza de D'us.Rabi Levi Yitschac de Berdishev dá um exemplo disto através da forma distinta como D'us e seu povo referem-se à festa de Pêssach.Enquanto os judeus escolheram o nome "Pêssach", D'us a chama "a Festa do Pão Ázimo". Por quê?Enquanto Pêssach significa "passar por cima", em agradecimento ao Criador por ter "passado" por cima das casas do povo judeu e ter poupado seus filhos da praga da morte aos primogênitos, a Torá, por outro lado, classifica como "A Festa do Pão Ázimo" para salientar a virtude do povo judeu que na saída do Egito, partiram sem levar provisões, apenas uma massa de pão que nem teve tempo de crescer ou assar, em um ato de total confiança e eterno amor ao Criador.
O pessach remonta todos os dias em nossa vida a liberdade constante doada por D´us e seu infinito Amor. Liberdade no passado e no presente. Em cada geração uma pessoa é obrigada a considerar-se como tendo realmente saído do Egito. A redenção do Egito e a subseqüente experiência da entrega da Torá estabelecem a identidade do povo judeu como "servos de D'us", e não "servos de servos".
Após deixarem o Egito, eles jamais poderiam estar sujeitos a este tipo de servidão. Um grande sábio, conhecido como o Maharal de Praga explica exaustivamente como a liberdade adquirida pelo êxodo transformou a natureza essencial de nosso povo. Apesar das conquistas e escravidão impostas por outras nações, a natureza fundamental do povo judeu nunca mudou.Com o Êxodo, adquirimos a natureza e qualidades de homens livres. Esta natureza é mantida apenas porque D'us está constantemente nos libertando do Egito. O milagre da redenção não é um evento do passado, mas um fato constante em nossas vidas.

   A todos um ótimo Pessach.

                         Cordial Shalom
Introdução
É
 o primeiro dos três principais festivais com tanto significado histórico e agrícola (os outros dois são Shavu'ot e Sucot). Agrícola, que representa o início da época da colheita em Israel, mas pouca atenção é dada a este aspecto do feriado. As principais observâncias do Pessach estão relacionadas com o Êxodo do Egito após gerações de escravidão.
Pessach começa no dia 15 do mês judaico de Nissan, é o ponto de partida do calendário judaico num período correspondente do meado de março ao nosso calendário a meado de abril. “O mês hebreu de nissan é  não só apenas considerado o 1° dos meses do ano israelita ( apesar que segundo a tradição, o mundo foi criado no dia primeiro do mês de tishrê)...O mês de nissan é o mês da libertação para o povo israelita por causa da Páscoa (pessach) que ocorreu neste mês...”( Torah a Lei de Moisés - Êxodo 12-pg185 comentário)     
             A palavra páscoa, deriva do hebraico pasach que significa segundo alguns estudiosos “passar por cima / por alto”, talvez indique a condição da ultima praga, que a ver o sangue vertido na verga e no umbral da porta a praga da morte dos primogênitos passaria por cima das casas israelitas. Na sua essência etimológica contextual o Pesach é um ato misericordioso em que um poder destruidor passar por cima sem danificar. “... Todavia pasach não indique apenas passar por cima ou por alto, mas defender e proteger num conteúdo mais amplo. O SENHOR cobrirá protetoramente as casas dos israelitas e não permitirá que o SENHOR entre (Êx. 12.23b, e cf.1 Co10. 10; Hb. 11.28). É o destruidor que entra na casas, e o SENHOR o rechaça, montando guarda junto às casas de seu povo. O sangue é um sinal para o Senhor. QUANDO EU VIR O SANGUE EU VOS PROTEGEREI. (DITAT- pg. 1223 [1786ª pesach])” O nome "Pessach" (PAY-sahch, com um "ch", como no Scottich "Loch") vem da hebraica raiz Peh-Samech-Chet, significando a atravessar, para passar mais, a isentar ou de sobra..Em Inglês, o feriado é conhecido como Pessach. "Pessach" é também o nome do sacrifício que oferece (um cordeiro), que foi apresentado no templo sobre este feriado. O feriado é também referido como ele Chag-Aviv, (Festival da Primavera), Chag ha-Matzoth, (o Festival de Matzahs), e Z'man Cherutenu, (à Hora de Nossa Liberdade) (de novo, com todos os escoceses "ch" s).Algumas outras sugestões acerca do verbo pasach têm surgido: 1) MANCAR, COXEAR e nesse caso o pesach indicaria uma dança religiosa. 2)  Alguns relacionam o pesach com o verbo acadiano “pasahu”, APLACAR ou ABRANDAR ( uma divindade) com um ritual. 3) Essa sugestão relaciona o pesach a uma palavra egípcia que significa PANCADA, GOLPE... E dessa forma, o pesach é o golpe da décima praga com que o SENHOR feriu os primogênitos do EGITO (DITAT- pg. 1223 [1786ª pesach]). A etimologia tradicional e esta opção são as mais plausíveis.     
Existem três áreas em que se deve instigar para coletar dados na Bíblia acerca do Pesach. São elas: 1) o contexto histórico (Ex.12); 2) o texto que detalham os procedimentos para a observância do Pesach (Nm28. 16-25; Lv. 23.5-8; Dt. 16.1-8); 3)textos históricos que narram a celebração de um Pesach em particular (Nm.9.1-14; Js. 5.10-12 [em gilgal]; 2 Cr.35.1-19 [celebrada por Ezequias, mas curiosamente sem paralelos em Reis]; 2 Rs. 23.21-23; 2 Cr. 35.1-19 [comemorada por Josias; observem-se os detalhes adicionais apresentado no relato de Crônicas]; Ed 6.19-22...(DITAT- pg. 1223 [1786ª pesach])
As festas judaicas podem ser divididas em três grandes categorias, e todas elas estão inseridas no ciclo do tempo. São elas: as festas propriamente ditas, chamadas de festas daperegrinação (Pêssach, Shavu’ot e Sukkot); as festas austeras (Rosh Háshanab e Yom Kippur) e as festas menores (Hanukkah e Purim). O que difere estes três tipos de festa é seu conteúdo teológico. As festas da peregrinação, que celebram e atualizam o maior evento salvífico de Israel (O êxodo, a aliança e a entrada na Terra Prometida) são as festas mais importantes do calendário judaico. São chamadas de festas da peregrinação porque desde os tempos bíblicos as famílias judaicas, vindas de diversas regiões, peregrinavam para a cidade de Jerusalém, local onde se realizavam tais festas. As festas austeras celebram o evento do mau uso da liberdade humana, fazendo um contraste entre a fidelidade Divina e a infidelidade humana, buscando promover sentimentos de profundo arrependimento e conversão. Finalmente, as festas menores são assim chamadas por se referirem a acontecimentos secundários na História de Israel e não possuem origem num mandamento da Torah, que é o livro Sagrado dos Judeus.As três primeiras festas citadas, chamadas de festas da peregrinação, podem ser também denominadas, no nosso idioma, de Festa da Páscoa, Festa de Pentecostes e Festa dos Tabernáculos, respectivamente. Todas as três têm origem agrícola, estando ligadas as mais importantes colheitas das três estações produtivas do ano. A Festa da Páscoa (Pêssach), que celebra a colheita da cevada na primavera; a Festa do Pentecostes (Shavu’ot) que celebra a colheita do trigo no verão; e a Festa dos Tabernáculos (Sukkot), que celebra a colheita dos frutos no outono. Dentre estas três importantes festas do calendário religioso Judaico, a festa mais importante, e que é objeto de nosso estudo, é a Festa da Páscoa (Pessach). Os judeus, em suas comunidades espalhadas pelo mundo, aguardam anualmente com grande expectativa esse especial evento religioso. A Festa da Páscoa tem seu fundamento nos escritos da Torah ( livro sagrado dos judeus que correspondem aos 05 primeiros livros do Velho Testamento na Bíblia Cristã). A autoria dos escritos do Torah é atribuída, segundo a tradição, a Moisés, considerado o grande libertador e legislador do povo de Israel. Quanto à ocorrência da Festa da Páscoa, a mesma tinha, num período mais antigo, um sentido pastoral e agrícola, antes de imbuir-se de um aprofundamento de significado teológico na tradição de Moisés: A estrutura da Páscoa tinha, na origem, um sabor tipicamente pastoral: migração para novas pastagens na lua cheia da primavera, vestimentas para a viagem (roupas no corpo e bastão), alimentos de ocasião (ervas amargas e pães cozidos sobre chapas de pedra), sacrifício para a fecundidade do rebanho (cordeiro não despedaçado para que, idealmente, retornasse ao rebanho), sangue propiciatório contra as ciladas da viagem. Nos escritos da Torah, todavia, a festa se reveste de um sentido teológico, narra-se ali que o povo de Israel estava sendo escravizado no Egito por mãos de Faraó, e que D´us ( Iahweh ) enviou Moises para, através de sinais espetaculares, ordenar a faraó que deixasse os israelitas saírem do Egito para servirem seu D´us na terra de Canaã, terra que emanava leite e mel, onde os judeus, livres de seus opressores, os egípcios, pudessem ter uma vida tranqüila para praticar sua religião monoteísta. Esse evento marcou um novo significado para a celebração da Páscoa Judaica, pois uma festa que, anteriormente tinha um cunho pastoral e agrícola, agora se revestia de um significado litúrgico religioso, de uma festa voltada à celebração de eventos do ciclo de fertilidade da terra, passava-se a um evento de libertação histórica de um povo em relação a seus opressores, os egípcios: Com a inserção da Páscoa no contexto do Êxodo tudo se transformou. O relato das capítulos11 e 12 (do Êxodo) combinam intencionalmente dois temas independentes, a décima praga e a Páscoa. Tal união mudou o sentido dos velhos ritos dessa festa de pastores, tornando-os históricos.
O termo pesach, considerado uma palavra egípcia por Couroyer, isto é “golpe”, é agora interpretado como “Iahweh que salta, ultrapassa, poupa protege” as casa dos israelitas marcados com o sangue da vítima pascal. O costume dos pastores torna-se o dos viajantes prontos para a caminhada. Os pães sem levedo, sinal da pressa da partida, e, segundo Deuteronômio, sinal “da miséria”, isto é, da escravidão; enquanto que as ervas amargas são explicadas pelo rabi Gamaliel com “a vida amarga que os egípcios nos fizeram levar.
De acordo com a tradição religiosa, a prática da celebração de Pessach remonta a esse evento de libertação, ocorrido há cerca de três mil e trezentos anos atrás, aproximadamente, ocasião em que, de acordo com a Torah, o D´us de Israel enviou as dez pragas sobre o povo do Egito, a fim de forçar os egípios a libertarem o povo de Israel da escravidão. Antes da décima praga, o profeta Moisés foi divinamente instruído a pedir para que cada família hebréia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais das portas de suas casas para que seus filhos primogênitos não fossem acometidos de morte. Ao cair da noite, os judeus comeram a carne do cordeiro acompanhada de pães asmos e ervas amarga. Os escritos sagrados narram que à meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os dos animais até os primogênitos da casa de Faraó. Então Faraó, temendo ainda mais a ira Divina, aceitou libertar o povo de Israel para que o mesmo cultuasse o seu D´us (Iahweh) no deserto, o que ocorreu, dando-se assim inicio ao êxodo do povo para a terra de Canaã.
Esse relato encontra-se no livro de Êxodo, segundo livro contindo na Torah.A palavra Pessach, significa “passar por cima”, no sentido de “poupar”. Essa expressão refere-se a narração no livro de Êxodo de que ao ser passado o sangue do sacrifício do cordeiro na verga da porta da residência dos judeus, a vida dos seus primogênitos foi poupada da morte naquela noite, o que não ocorreu com os primogênitos dos egípcios, que morreram. Assim é descrito a ordenança no livro sagrado:   Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia; nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã. Porque o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o SENHOR aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir. Nos dias de hoje, os judeus guardam esta celebração pascal, porém sem o sacrifício do cordeiro, tradição que era mantida durante as festividades judaicas no templo em Jerusalém até quando o mesmo foi destruído pelos romanos em 70 dC.12
Iniciou-se então a transformação de Pêssach em uma noite de lembranças, sem o sacríficio pascal. Guarda-se a tradição dessa festa como um memorial entre as gerações a fim de se preservar a religiosidade e de se perpetuar o significado maior da Festa da Liberdade.
Artigo I
“YESHUA o cordeiro escolhido do pessach.”
Falai a toda congregação de Israel dizendo: Aos 10 deste mês tome cada um para si um cordeiro,segundo a casa dos pais,um cordeiro para cada família.
N
o sentido familiar todas as festas judaicas, e particularmente o pesach, são domesticas. (Torah a Lei de Moisés - Êxodo 12-pg185 comentário- Editora Sefer). Ao ordenar o pesach, D’us estabelece alguns critérios a fim de que ninguém fique sem poder comemorar o pesach devido suas condições financeiras e para que não se sobeja ate o amanhecer. Como no VS quatro de êxodo. A observação no que tange à “família for pequena para um cordeiro, então tome um só com o vizinho perto de sua casa”. Se da devido a alguns critérios estabelecidos como já mencionado, e para esta escolha deveria ser analisado.
(A) O vizinho deveria ser alguém s/ condições financeiras para prover para si um cordeiro.
(B) A família do vizinho, deveria possuir uma família também pequena aonde um cordeiro apenas, seria o suficiente para ambas as famílias, tendo em vista que “o que sobrasse seria queimado no fogo. (Ex 12.10 e nada deixarem para amanha, mas o que ficar ate amanha queimares no fogo)
                                                       I.    ... Tome cada um 1 cordeiro...Ex.12.3
O cordeiro ou cabrito, será sem macula, um macho de 1 ano,o qual tomareis das ovelhas e das cabras(Ex 12.5;Dt 16.2-)
Eram raros os casos em que se sacrificava um cabrito. O sacrifício pascoal dava unicamente quando o ofertante não possui um cordeiro nas condições estabelecidas por D’us. Tanto o cordeiro quanto o cabrito, deveriam ser de um ano, assim logo na cria das ovelhas ou dos cabritos, o animal era desde seu nascimento separado a morrer como sacrifício pascoal.
   O cordeiro escolhido carrega consigo a prefiguração do cordeiro de D’us, Jesus de Nazaré, O Cristo e sua vida e morte como cordeiro do pesach na cruz. João Batista em suas palavras o identifica como o cordeiro que substituiria os sacrifícios do A.T, e isto inclui também o sacrifício pascoal. (... eis ai o cordeiro de D’us Jo. 1.29,1 Co. 5.7) A declaração de João Batista... Parece ter transcorrido aproximadamente quatro anos entre esse acontecimento e a morte de Jesus, o que – em sentido figurado- seria um cumprimento dos quatro dias de espera para a imolação do cordeiro pascoal (Êx. 12.5) [As festas judaicas- pg.18/ Fredi Winkler- Chamada da meia noite]
   João o discípulo amado, testifica o caráter de Cristo como cordeiro em sua visão apocalíptica por cerca de trinta vezes. Seus apóstolos garantem ser Ele o cordeiro de todo sistema de adoração sacrifical, isto também inclui o cordeiro da páscoa. Jesus como cordeiro, desde o principio foi separado por D’us, para sacrifício desde a fundação do mundo (AP.13.8; Ef. 1.3-12; Cl. 1. 14-23) .A expressão de Jesus... Não sabeis que convém tratar dos negócios de meu pai?...(Lc. 2.39) indica muito bem que desde sua infância YEsHUA consciência da sua missão, e isto indicam que tinha conhecimento que haveria de morrer na cruz, afinal conhecia as profecias. IS. 53.7.
                                                                            II.    O cordeiro imaculado
  A palavra imaculada indica s/mancha, s/ defeito... Ou seja, sem intuito é apontar a indicação que o Cristo deveria ser puro, santo ou s/ pecado. A tipologia do cordeiro imaculado conforme exigido pela Torah (isto é, Êx. 12.5; 29.1) todos os sacrifícios deveriam ser sem defeitos (Lv. 22.18-25), em YESHUA confirma seu caráter impecável, sua morte na estaca é retratado assim por seu apostolo Pedro como imaculado e incontaminado (1 Pd1.19). Como também o escritor dos hebreus em 9.14. 
YESHUA diante dos judeus defende sua santidade e pureza ao dizer: Quem dentre vós me convence do pecado... (Jo 8.46). A interjeição indica sua negativa a cerca da condição de pecador, é como se Jesus dissesse: Vocês querem me convencer que sou pecador? Onde estou errado ou onde estou errando? A palavra pecado no grego “Hamartia” e “Hamartanein” têm por significado básico a idéia de “fracasso” no grego clássico e errar o salvo como quando uma lança jogada ao alvo. Pode ser usada para indicar perder o rumo certo, para fracasso nos planos e perder as esperanças... No NT descreve alguma coisa muito mais grave. (palavras chaves do novo testamento v1-pg. 82)
 No caso hebraico a palavra é  (het´) designa o pecado, enquanto hattã o pecador. Nestes casos as palavras estão estritamente ligadas ao contexto religioso judeu no período de Bíblico de Jesus. “Nas muitas ocorrências em que o verbo ocorre no qal o objeto é D´us e suas leis. Quando age desse modo, o homem está se desviando do alvo ou do padrão que D´us tem para ele; está deixando de observar os requisitos de uma vida santa, ou ficou aquém de uma inteireza espiritual...(DITAT- pg.451/638ª –Editora Vida acadêmica)”
 O profeta Isaias nos revela seu estado idôneo, ao proferir, usado por D’us, as palavras... O meu servo o justo... Is 53.11, colocando em destra a ação de D’us de chamá-lo de Justo, isto indica sua postura irrepreensível.
Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro... Ex.12.3
   O pesach dava-se inicio no décimo quarto dia de Abib, no calendário judaico, aonde se sacrificava o cordeiro ao por do sol conforme a Torah em Dt 16.6. Porém o cordeiro deveria ser separado no décimo dia de Abib, quatro dias antes da páscoa.
   A páscoa estabelecida estava dentre as festas de peregrinação, aonde todo povo subia para Jerusalém celebrar a D’us conforme a sua ordem “não podereis sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas portas que te da o Senhor teu D’us; se não no lugar que escolher o senhor teu D’us, para fazer ali habitar seu nome (escolheu Jerusalém)... Dt. 16.5-6.
   Da páscoa celebrada em Êxodo, e para os demais versículos, tange na diferença apenas em que em Êxodo não há sarcedote araonico, com quantos após, já se vê estabelecido o sarcedocio na família de Arão e os Levitas já em suas funções. Assim em Êxodo a responsabilidade da escolha do cordeiro era apenas do patriarca da família, agora já nos demais versículos tendo já a função sarcedotal santuário, os sacerdote assume a fiscalização na hora sacrifical de detectar se o cordeiro estava dentre os critérios exigidos pela Torah.
   Na epistola do discípulo amado João, esta um relato que intriga e testa a veracidade de YESHUA como o cordeiro separado para morte e com aprovação, um tanto fatalista, do sumo sacerdote. E caifas, um deles que era sumo sacerdote naquele ano lhes disse: vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo seu povo, e que não pereça toda a nação. Jo 11. 49-50.Caifás pretendia dizer ao invés do povo”. Isto é melhor que nos asseguremos que YESHUA (Jesus) morra do que milhares do nosso povo nas mãos dos romanos ao debelarem uma rebelião. Mas Caifás embora fosse um homem mal, foi usado por D´us para profetizar. Como o v.51 explica, eis porque suas palavras carregavam um sentido muito mais profundo do que o próprio caifás poderia perceber. O significado mais profundo implica no cumprimento de Isaias 53.6-7 por Jesus:
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
 “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca.” (comentário judaico do NT - pg.218 / Yochanan 12.49-52)
Assim YESHUA será carregar as iniqüidades sobre si para libertar o povo judeu e todo aquele que se achegar a ELE do pecado por intermédio de sua morte na cruz.
   Datar se tal declaração fora feita aqui nos 10 dias de Abib, não parece ser possível, já que no cap.12.1 do discípulo Amado existem a afirmativa de faltar seis dias para a páscoa. Levando em conta que... João, em seu evangelho emprega o calendário romano; enquanto os demais usam o judaico João escreveu de Éfeso, que, sendo território romano, empregava o citado calendário. (A Bíblia através do século- pg.148/ Antonio Gilberto- Ed. CPAD)
  A questão aqui não é apresentar a exatidão dos 10 dias, mas que YESHUA teve a aprovação da possibilidade de ser o cordeiro pascoal, tendo em vista que, independente da declaração ter ocorrido nos 8 dia de Abib estamos próximos do pesach segundo os versículos de Jo.11.55;12.12;Dt.26.1,5.Nada impede da expressão de Caífas em Jo.11.49-50 se referir a Cristo também como separado para o sacrifício pascoal;afinal assim como o patriarca separava o cordeiro para sua família(casa) e deveria ter o aval do sacerdote para ser oferecido,D’us separou seu filho desde a fundação do mundo(Jo.3.16;1.29,Ap.13.8)como sacrifício pascoal(1Co.5.7) aprovado pelo sumo sacerdote como um cordeiro perfeito para sua família.(Ef.2.19;Jo.11.52)
   O mais importante na declaração sacerdotal é o fato de João enfatizar que... ”sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação”. (Jo. 11.51-53), ou seja, além de estarmos próximo da páscoa, YESHUA morrerá no dia 14 de Abib.
                                                        .    “Marcado para morrer”
O cordeiro deveria ser morto no 10° dia de abib/nisã. Jesus se coloca a todo tempo como o cordeiro, mostrando que as escrituras relacionavam-se ao dia da sua morte que já se aproximava. Com está aproximidade do PESACH Jesus começa um discurso fatalista sobre sua vida; num tom de despedida suas falas indicam que está bem próximo sua morte.
Em João 12.1, temos o relato de que faltam Seis dias para o pessach”; esse texto marca a sucessão do discurso fatalista de despedida de Jesus. Note que é somente após a declaração do Sumo Sacerdote no Capitulo 11.51-53 de João que as indicativas diretas sobre o tempo final do ministério de JESUS se tornam mais claros. As passagens em João12. 23-24; 34-35; Mateus 26.2,4; Marcos 14.8, 22-24, 34,41; Lucas 22.37,42; João 14.3, 18 e etc., aparentem muito bem tal tom de despedida nas palavras do mestre Jesus, como todas as passagens a partir de João 11; Mateus 26; Marcos 14; Lucas 22.
Jesus sabia muito bem o tempo exato de duração do seu ministério, e isto inclui sua morte sacrifical como, e porque não como cordeiro pascoal? Frases do tipo: ... Não beberei eu o cálice que meu PAI me deu? (João 18.11) refletem claramente que Jesus entendeu seu papel e que estava próximo de morrer como CORDEIRO PASCOAL.
O CORDEIRO como já vimos, deveria ser separado no 10° dia de Abib/nisã e somente sacrificado no 14° dia do mesmo mês. O Cordeiro quando levado diante do sacerdote para sacrifício, geralmente era conduzido amarrado até o altar; e é dentro deste contexto que equivale o termo: sendo levado como ovelha muda para o matadouro (atos 8.32; Isaias 53.7-8). Na ótica do apostolo Filipe, ao ensinar ao eunuco a escritura de Isaias, ele aponta para seu cumprimento ao Cristo Jesus como cordeiro (começando por esta passagem da escritura, anunciou-lhe a Jesus. atos 8.35), para Filipe Jesus tinha todos os requisitos que o autentificava como o único candidato capaz de trazer par si a profecia de Isaias 53.7. A profecia citada diante do contexto, não o retrata apenas como Cordeiro mudo, ela nos antecipa como será conduzida a morte do Cristo, e é encima do pano de fundo que podemos observar a dimensão exata da profecia.
A prisão de Jesus, até a sua morte, tipificará não apenas como cordeiro mudo, mas como cordeiro que será levado diante do sumo sacerdote amarrado e depois imolado no altar. Em João 18.12; Lc 22.54; Mc 14.16 e em MT 26.50; relatam a prisão de Jesus cumprindo símbolos e tipos, sendo conduzida a casa do sumo sacerdote. (MT 26.57; MC 14.53; LC 22.54). A expressão do sumo sacerdote em João 11.51-53 já o qualificava como cordeiro apto para se sacrificado. Logo o texto de LC 22.52B, 53 E OUTROS PARALELOS nos indicam dois principais que ligam Jesus como cordeiro pascoal.

a) Que não precisava de grande comitiva para o prende-lo, pois ele não reagiria. A partir deste ponto ELE sabe que será preso, humilhado, rejeitado e morto no calvário, afinal era parte do cálice do PAI. (João 18.11)
b) anteriormente não o prenderam porque a páscoa não estava próxima e ainda a expressão do sumo sacerdote em João 11.51-53 não tinha acontecido. A expressão... Esta porem é a vossa hora... Esta ligada ao texto de João 11.51-53 e João 18.13-14, indicando o espaço tempo do ano da morte do Cristo designado em data e ano marcado para o fim do ministério de JESUS.
Desde a apresentação ao sumo sacerdote até o golgota JESUS É TIPOLOGICAMENTE O CORDEIRO PASCOA.


                 II.    “O cordeiro marcado pelas 70 semanas de Daniel”

...haverá sete semanas e 62 semanas... E depois das 62 semanas será cortado o messias, mas não para si mesmo... (Daniel 9.25-26)

Daniel nessa visão, deixa claro que D´us tem um propósito especial para seu Cristo, com data marcada.Dai compreende as palavras do mestre JESUS: Examinai as escrituras... São elas que testificam de mim. (João 5.39). As escrituras relacionadas é toda TANAKH e inclusive Daniel Nove nas 70 semanas.

a)   O significado da semana.
 Antes de apurar a cronologia dessa pro­fecia, é necessário entender o termo semanas conforme usado por Daniel. Com respeito a isso, McClain escreveu:
   A palavra hebraica é shabua, que literalmente significa "sete", e seria bom ler a passagem dessa maneira [...] Desse modo o v. 24 do nono capítulo de Daniel afirma simplesmente que "setenta setes estão determinados"... e o que são esses "setes" deve ser definido pelo contexto e por outras passa­gens das Escrituras. A evidência é bem clara e suficiente como se segue:
   [...] os judeus tinham um "sete" de anos bem como um "sete" de dias. E essa "semana" bíblica de anos era tão conhecida dos judeus quanto uma "semana" de dias. Era, em alguns aspectos, até mais importante. Durante seis anos o judeu era livre para cultivar e semear sua terra, mas o sétimo ano deveria ser um solene "sábado de descanso para a terra" (Lv 25.3,4). No múltiplo dessa importante semana de anos —"sete sábados de anos"— era estabelecido o ano do grande jubileu [...]
   Existem vários motivos para acreditarmos que as "setenta semanas" da profecia de Daniel referem-se ao bem conhecido período de "sete" anos. Em primeiro lugar, o profeta Daniel estava pensando não apenas sob o aspecto de anos em lugar de dias, mas também em um múltiplo exato de "setes" (10 x 7) de anos (Dn 9.1,2). Em segundo, Daniel também sabia que a duração do cativeiro babilônico baseava-se na violação judai­ca da lei do ano sabático. Visto que, de acordo com 2Crônicas 36.21, os judeus foram retirados da terra para que ela pudesse descansar por seten­ta anos, deveria ser evidente que o ano sabático tinha sido violado por 490 anos, ou exatamente setenta "setes" de anos. Que cabível, então, que agora, no final do julgamento dessas violações, o anjo fosse mandado para revelar o início de uma nova era do tratamento de Deus para com os judeus, o qual se estenderia pelo mesmo número de anos das violações do ano sabático, um ciclo de 490 anos, ou "setenta semanas" de anos (Dn 9.24).
   ...Além disso, o contexto da profecia exige que as "setenta semanas" sejam de anos. Pois, se interpretarmos como "semanas" de dias, o perío­do se estenderia por apenas 490 dias ou pouco mais que um ano. Consi­derando agora que dentro desse breve espaço de tempo a cidade será reconstruída e destruída (sem contar com os tremendos acontecimentos do v. 24), torna-se claro que tal interpretação é improvável... (McClain, op. cit., p. 12-5)
Essa profecia fornece tempos exatos, 7 semanas e 62 semanas. Daniel entende que cada semana significava sete anos, o que não é incomum nas escrituras.
Alguns estudiosos já calcularam o dia e mês em que o MESSIAS SERIA CORTADO. “A PALAVRA CORTADO” em hebraico é IKARET. A palavra indica morte violenta. A pior morte que alguém poderia sofrer. Além disto, era uma palavra sacrifical usada pelo sacerdote. O ato de degolar o cordeiro era chamado de IKARET. A palavra é derivada de KARAT que significa “cortar, matar, fazer aliança...” indicando em todas as oportunidades na bíblia um ato realmente ligado a degolar e matar um cordeiro como sacrifício. Logo depois das 62 semanas será cortado o MESSIAS (Daniel 9.26) deixa claro que Cristo será morto de forma violenta como sacrifício, como um cordeiro. E nada proibi o interpretarmos como sendo O CORDEIRO PASCOAL. Também existia o fato de não haver morte pior que a de cruz. O caminho até o golgota e a crucificação (LC 23. 26-46 E PARALELEOS), quem morria na cruz era tido por maldito (... porqu7anto o pendurado é maldito de D´US... DT. 21.23;GL 3.13)

b)              O início das 69 semanas
. Foi dito a Daniel que esse período de 490 anos está determinado "sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade" (Dn 9.24). As Escrituras trazem vários decretos relacionados à restaura­ção dos judeus do cativeiro babilônico. Houve o decreto de Ciro em 2 Crônicas 36.22,23 e em Esdras 1.1-3, o decreto de Dario em Esdras 6.3-8 e o decreto de Artaxerxes em Esdras 7.7. Contudo, todas essas permis­sões foram cedidas para a reconstrução do templo, e nada foi dito sobre a reconstrução da cidade. Em Esdras 4.1-4 a reconstrução do templo foi interrompida porque os judeus estavam reconstruindo a cidade sem autorização. Em nenhum desses decretos a condição de Daniel 9.25 foi realizada. Quando examinamos o decreto de Artaxerxes, estabelecido no seu vigésimo ano e registrado em Neemias 2.1-8, vemos que é dada permissão para a reconstrução de Jerusalém. Esse constitui o início do período profético indicado por Deus nessa profecia.
            Torna-se necessário, então, identificar uma data para o decreto de Artaxerxes. Anderson escreve a respeito:
   A data do reinado de Artaxerxes pode ser claramente apurada — por meio não de um tratamento minucioso de comentaristas bíblicos ou de escri­tores proféticos, mas pela voz unânime de historiadores seculares e cronologistas.
O decreto persa que restaurou a autonomia de Judá foi publicado no mês judeu de Nisã. Pode-se, aliás, datar do primeiro dia do mês de Nisã [...] Logo, as setenta semanas devem ser calculadas a partir de primeiro de Nisã de 445 a.C.
A grande característica do ano sagrado judeu permaneceu imutável desde a noite memorável em que a lua do equinócio brilhou no Egito sobre as cabanas de Israel manchadas de sangue pelo sacrifício pascal; e não existe dúvida ou dificuldade em fixar dentre os estreitos limites da data juliana o primeiro dia de Nisã em qualquer ano. Em 445 a.C. a lua nova pela qual se regulava a Páscoa caiu no dia 13 de março às 7 horas e nove minutos da manhã. E, por conseqüência, o primeiro de Nisã pode ser atribuído a 14 de março. (Robert ANDERSON, The comning Prince, p.121-3)
Segundo a profecia antes de passarem as 62 semanas passariam 1° 7 semanas (... haverá 7 semanas, e 62 semanas... DN 9.25), somente após as 7 semanas  se passarem, é que passariam as 62 semanas quando morreria o CRISTO.
·  1º de Nisã no vigésimo ano de Artaxerxes (o decreto de reconstruir Jerusa­lém) caiu em 14 de março de 445 a.C.
  • 10 de Nisã, na Semana da Paixão (a entrada de Cristo em Jerusalém), foi no dia 6 de abril de 32 d.C.
  • O intervalo foi de 476 anos e 24 dias (os dias sendo calculados inclusivamente, conforme exigido pela linguagem profética e pela práti­ca judaica).
  • Mas 476 x 365 =...........................................................173 740 dias
  • Mais (de 14 de março a 6 de abril, incluindo ambos)............24 dias
  • Mais dias dos anos bissextos..............................................116 dias
  • =     173 880 dias
  • E 69 semanas de anos proféticos com 360 dias (ou 69 x 7 x 360) = 173.880 dias.  (Ibid., p. 128)
 As 69 semanas começam com o de­creto da reconstrução de Jerusalém e terminam com a entrada triunfal em Jerusalém no domingo da morte do Senhor. Lucas 19.42 fala que a entrada do Senhor em Jerusalém nesse dia é algo muito significativo: "Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos". (Ibid., p.126) A exatidão da profecia de Daniel é observada quando ele cita: "Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido" (Dn 9.26).
7 semanas = 49 anos
62 semanas = 434 anos
7 + 62= 69 semanas = 483 anos
O final das 62 semanas, somado com Sete semanas totalizem 483 anos. Este período conclui no ano de 32 d.C em 14 de Abib/nisã; uma clara profecia do dia em que JESUS CRISTO foi crucificado como cordeiro, já era a data da comemoração da páscoa. Apenas um D´US sobrenatural poderia fazer tal previsão da morte do CRISTO.

                                                     I.    “O cordeiro sacrificado a hora 9ª”
E guardareis até o 14° dia deste mês, e todo ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde
E tomarão do sangue, e pó-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. (EX.12. 6-7)
Esses versos dão a exatidão da morte do CRISTO tipificado no cordeiro pascoal, por isso, analisaremos separado o verso Seis, após veremos o verso Sete.

No verso Seis, encontra-se por mais um, a vez a determinancia de sacrificar no 14° dia de abib/nisã (e
guardareis até o 14° dia deste mês...). O cordeiro em êxodo deveria ser sacrificado à tarde. Em NM 9.3 encontramos: ...pela tarde ao seu tempo determinado... , pode indicar não só o 14° dia de abib/nisã, mas a observância data e hora. “HÁ SEU TEMPO DETERMINADO”, deixa claro que CRISTO com cordeiro pascoal, morreu no tempo marcado por D´US como já vimos nas 70 semanas em Daniel. Já em deuteronômio 16.6...ali sacrificará a páscoa à tarde ao pôr-do-sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito.
O Egito traz consigo um simbolismo de opressão, escravidão e etc. Basta apenas compreender toda dor de Israel por 430 anos. A continuação da frase exalta a libertação que proveio no tempo exato de D´US, por meio do cordeiro, isto fica mais claro na vida de JESUS. (LC4. 18; JO. 8.32; CL. 1.13; AP. 1.5 E ETC.)
A hora do sacrifício do cordeiro se dava a tarde, ao pôr-do-sol como especifica deuteronômio com toda congregação reunida. A importância de estar toda congregação reunida é tamanha que a páscoa é uma das Três festas de convocação geral. (DT. 16.16)



v   O SACRIFICAR DA TARDE
Tudo que esta na TORAH aponta para CRISTO (LC. 24.41-42; AT. 28.23; 26.22). Não é CRISTO que deve tipificar a TORAH, mais a TORAH a CRISTO. O sacrifício a tarde indica o horário em que o cordeiro de D´US morreria. Note que JESUS foi crucificado à hora 3ª (9 horas) no evangelho de Marcos, porém o ápice do calvário começa na hora 6ª (12 horas) e termina à hora 9ª (15 horas). O período culminante se da à tarde, leiamos MT 27. 46-47 E PARALELOS e observe a exclamação da hora nona. É exatamente à hora nona que JESUS dá sua ultimo suspiro; logo à tarde como exigido do CORDEIRO PASCOAL.
D'us profetizou o mês, o dia e à hora exata da morte do Messias.
Para maior esclarecimento do leitor leigo, se faz necessário uma explicação sobre os dois calendários judaicos; o religioso e o civil:
a) No calendário religioso, a noite inteira precede ao período diurno. A mesma começa ao pôr-do-sol, terminando quando o sol nasce, dando início ao dia, que ao findar dá início a uma nova data. Sendo assim, as horas são contadas de 12 em 12 e não de zero à 24h.
b) E no calendário civil a virada do dia (data) se faz a meia-noite. E as horas são contadas direto, ou seja, de zero a vinte e quatro horas. Há mais ou menos 1445 anos antes da era comum, na instituição da celebração do Pêssach, D'us profetizou o mês, o dia e a hora exatos em que Yeshua ha Mashiach morreria. (Ex. 12:6; 13:3, 4). Yeshua foi crucificado as 09:00h do 
dia 14 de Nissan do ano 30 (d.e.c.) do calendário civil (hora terceira do calendário religioso judaico) e permaneceu na cruz algum tempo após as 15:00h do calendário civil (hora nona do calendário religioso), hora essa, em que também veio a falecer. 
         O texto original hebraico de Ex. 12:6 diz que o cordeiro teria de ser sacrificado “entre as duas tardes” do dia 14 de Nissan.
         O historiador judeu do primeiro século Flavius Josefo, disse, que era entre 15:00h e 17:00h. Ele foi o que chegou mais próximo da hora exata do sacrifício do cordeiro.
Já os samaritanos, os fariseus e o Talmud, não foram precisos nas suas interpretações.
Rendemos glórias a D'us, pelo seu Ruach, o seu Espírito que nos ilumina para entendermos a sua palavra, pois a mesma é o código de D'us, que conduz o homem à salvação, a fim de que todo aquele que tem o Ruach ha Shem, Espírito de D'us, o qual é o decodificador de todos os mistérios do Criador, seja instruído em toda a verdade.
          Todos nós sabemos que um dia tem somente uma tarde. Como entender então o termo bíblico “entre as duas tardes?” Sabemos que o total de horas, que compreende a parte da tarde é de seis horas, começando às 12:00h. Isto é, do meio-dia no calendário civil (hora sexta no calendário religioso) até 18:00h (décima segunda hora no calendário religioso).
           Se dividirmos esse total de seis horas por dois, teremos o resultado de três horas, isto é, dois períodos de três horas cada, um de meio-dia às 15:00h., no calendário civil (da sexta à nona no calendário religioso), a hora exata da morte de Jesus, o Cordeiro Pascal.
           E o outro período de 15:00h às 18:00h no calendário civil (da hora nona à décima segunda no calendário religioso); Sendo assim, a profecia sobre o mês, o dia e a hora exatos da morte do Messias, foi cumprida com uma precisão que somente o Criador poderia prever com tantos séculos de antecedência.
No tempo de JESUS diz à tradição que o “1° cordeiro era morto às 3 horas da tarde até as cinco da tarde segundo Flávio Josefo”. Fredi Winkler um suíço que mora em HAIFA em Israel diz em seu livro que... A tradição judaica diz que às três horas da tarde os cordeiros pascais começavam a serem sacrificados, e eles somente poderiam ser mortos no templo porque o sangue deveria ser colocado no altar (Dt. 16.5-7) Como tinham de ser mortos milhares de animais, era necessário começar às três horas da tarde... (As festas judaicas- pg. 18- editora chamada da Meia-Noite). Essa hora é a hora nona em que JESUS dá seu ultimo suspiro. È nesse exato momento que se rasga o véu do templo no meio (LC. 23.45; MT 27.51) dando acesso agora a D´us a todos que em Cristo alcançaram libertação do pecado que jaz no mundo, tornando purificados para se relacionarem com o ETERNO.                                                
  O principio aqui de que a Torah aponta para Cristo ainda perdura, e é a exigência para sacrificar o Cordeiro. Ezequias convoca por mensageiros todo Israel e Judá (II crônicas 30.1) para celebrar a páscoa. Muitas são as coincidências com Jesus Cristo que confirma ser Ele o cordeiro de D´us.
A páscoa está dentro das festas de peregrinações, aonde todo Israel subia a Jerusalém para sacrificar a D´us (salmo 122). O Cordeiro era morto diante de todo ajuntamento, em Êxodo 12.6 e paralelos garante-nos tal argumento.
Tendo em vista que Cristo fez um sacrifício único (Hb 9.26), a presença do ajuntamento indicava que morreu por todos como Cordeiro Pascoal. Note que existiam ali pessoas de todas as partes que vieram comemorar a Páscoa:

E estava ali próxima a páscoa dos judeus, e muitos daquela região subiram a Jerusalém... JO 11.55

...ouvindo uma grande multidão, que viera a páscoa... JO. 12.12

Ora havia gregos, entre os que tinham subido a adorar no dia da festa. JO 12.20 

E muitíssima gente... e a multidão que ia adiante... MT 21.8-9

Por ocasião da festa... Escolhendo o povo aquele que quisesse.

Portanto estando eles reunidos... MT. 27.15,17

...incitaram a multidão...
A multidão dando gritos... MC15. 11,8

Nas toda multidão clamou dizendo... Seguia-o grande multidão de povo... LC. 23
.18,27

E o povo estava olhando... LC. 23.35 entre outros.

Fica claro que a congregação estava reunida para poder haver o sacrifício Pascoal de Cristo.

Analisaremos agora o verso 07 de Êxodo 12. Como já vimos hora, data e razões para o ajuntamento, agora veremos a cerca do sangue do cordeiro.



             I.    Tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas casas em que o comerem.

Tendo sido já sacrificado o cordeiro pascoal, existia a necessidade que passasse o sangue no umbral e na verga da porta, e isto seria como sinal nas casas, assim vendo o sangue a praga da mortandade PASSARIA POR
CIMA (signif. Do nome páscoa) quando o Egito fosse ferido. (ex 12. 13).É verdade que cada um daqueles que se achavam dentro de casa, em cuja porta o sangue havia sido posto, deveria sentir, necessari­amente, que se tivesse de receber a justa retribuição dos seus pecados, a espada do anjo destruidor cairia irremediavelmente sobre si; porém o cordeiro havia sofrido em seu lugar. Este era o funda­mento sólido da sua paz. O juízo que lhe competia caíra sobre uma vítima designada por Deus e, crendo isto, podia comer em paz dentro de casa. Uma dúvida sequer teria feito do Senhor mentiroso; pois Ele havia dito: "vendo eu sangue,passarei por cima de vós". Isto era suficiente. Não era uma questão de mérito pessoal. O ego nada tinha a ver com o assunto. Todos os que se achavam protegidos pelo sangue estavam salvos. Não estavam apenas num estado de salvos, mas salvos. Não esperavam nem oravam para ser salvos, sabiam que isso era um fato assegurado, em virtude da autoridade daquela palavra que permanecerá de geração em geração. Demais, não se achavam em parte salvos e em parte expostos ao juízo: estavam completamente salvos. O sangue do cordeiro e a palavra do senhor constituíam o fundamento da paz de Israel naquela noite terrível em que os primogénitos do Egito foram abatidos. Se um simples cabelo da cabeça de um israelita pudesse ser tocado, isso teria anulado a palavra do Senhor e declarado nulo o sangue do cordeiro. É da máxima importância ter-se um conhecimento claro daqui­lo que constitui o fundamento da paz do crente na presença de Deus. São associadas tantas coisas à obra consumada de Cristo, que as almas se vêem envolvidas na confusão e incerteza quanto à sua aceitação. Não discernem o caráter absoluto da redenção pelo sangue de Cristo na sua aplicação a si mesmas. Parece que ignoram que o perdão dos seus pecados descansa sobre o simples fato de se ter efetuado perfeita expiação: um fato comprovado, à vista de todos os entes inteligentes criados, pela ressurreição de entre os mortos do Substituto do pecador. Sabem que não existe outro meio de salvação senão pelo sangue da cruz, porém demónios sabem isto também, e de nada lhes aproveita. O que necessitamos saber é que estamos salvos. O israelita sabia não somente que havia segurança no sangue, mas que estava em segurança. E em segurança porquê £ Era devido a alguma coisa que havia feito, ou sentido, ou pensado1?-De modo nenhum; mas, sim porque Deus havia dito: "vendo eu sangue passarei por cima de vós". O israelita descansava sobre o testemunho de Deus; acreditava naquilo que Deus havia dito, porque Deus o havia dito: "esse confirmou que Deus é verdadeiro."
 Ø  O sangue em ambos os umbrais e na verga da porta.
O umbral é a parte horizontal da porta, feita de madeira juntamente coma verga a parte vertical, deveria passar o sangue do Cordeiro.

Pesquisas arqueológicas comprovam que existiram vários tipos de crucificação; e não era nada comum o condenado carregar toda cruz, conforme vemos em filmes e representação sobre a morte de Cristo. No ano de 1968 se descobriram em Jerusalém ossadas de um homem crucificado, e essa descoberta projetou nova luz da maneira em que JESUS teria morrido. Entre os restos dos esqueletos havia um osso do calcanhar direito dum homem crucificado, osso que fora atravessado por um prego de ferro de 11,5 cm de comprimento e presos a cabeça dos pregos fragmentos de madeira que exames periciais mostram ser de oliveira. A posição do prego ainda encravado no osso mostra que o homem com um pé em cada haste vertical da cruz. (a vida diária nos tempos de JESUS- pg. 35)


A haste vertical ficava no lugar em que o condenado seria pregado, o que ele levava era a haste horizontal sobre os ombros,... Pesava cerca de 60 quilos, tendo o prisioneiro de carregar até o local de execução...
(como seria sua vida na Roma antiga- pg.33).
O condenado era pregado sobre a haste vertical ainda no chão, junto com a haste horizontal e depois era suspenso; no caso de Jesus não parece ter sido diferente, já que os romanos crucificavam desta forma seus condenados, e encaixa-se no que disse o MESTRE:
E Eu quando for levantado da terra atrairei, todos a mim. E dizia isto significando de que morte havia de morrer. JO. 12.32,33. O EU aqui é enfático na sentença grega. O verbo “hupsoo em grego” (levantar) aqui indica a sua morte e glorificação, a atenção é focalizada Dele ser levantado na cruz como servo sofredor... Ser levantado fisicamente numa cruz com braços estendidos... (o evangelho segundo João V.5/Comentário Bíblico pg.204)
não devemos considerar a cruz de Cristo como um simples incidente numa vida de expiação pelo pecado. A cruz foi o grande e único ato de expiação pelo pecado: "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (IPe 2:24). Não os levou em parte alguma mais.
Não foi na manjedoura que os tomou(pecados)  sobre Si, nem no jardim do Getsemani, nem no deserto, mas SOMENTE "SOBRE O MA­DEIRO". O Senhor nada teve a ver com o pecado, salvo na cruz; e foi ali que Ele inclinou a Sua bendita cabeça e deu a Sua preciosa vida sob o peso acumulado dos pecados do Seu povo. Nem tampouco jamais sofreu às mãos de Deus, salvo na cruz; e ali o Senhor escondeu o Seu rosto d'Ele porque O fez "pecado por nós" (2 Co 5-.21).
Esta série de pensamentos, e as várias passagens a que se faz referência, podem, talvez, ajudar o leitor a compreender mais claramente o poder divino das palavras: "vendo eu sangue passarei por cima de vós". Era absolutamente necessário que o cordeiro fosse sem mácula, pois de contrário como poderia satisfazer o olhar santo do Senhor1?- Porém, se o sangue não tivesse sido derramado o Senhor não poderia ter passado por cima do Seu povo, porque" sem derra­mamento de sangue não há remissão" (Hb 9:22). Teremos outra vez ocasião de meditar sobre este assunto, se o Senhor permitir, de uma maneira mais clara e apropriada nas figuras de Levítico. É um assunto que requer a atenção profunda de todos aqueles que amam o Senhor Jesus Cristo em sinceridade. (C. H. MACKINTOSH ESTUDOS SOBRE O LIVRO DE ÊXODO 2a edição)
            O sangue simboliza a vida nas escrituras (GN. 4.10; 9.6; 42.22; MT. 27.24 e etc.), o sangue no umbral e na verga aponta para a vida do Cristo sendo morta no madeiro.

 O sangue como sinal nas casas.
N
ote-se que o israelita não descansa sobre os seus próprios pensa­mentos, nos seus sentimentos ou na sua experiência, a respeito do sangue. Isto teria sido descansar sobre um fundamento fraco e move­diço. Os seus pensamentos e os seus sentimentos podiam serprofundos ou superficiais: mas, quer fossem profundos, quer superficiais, nada tinham que ver com o fundamento da sua paz. Deus não havia dito: "vendo vós o sangue, e avaliando-o como ele deve ser avaliado, eu passarei por cima de vós" .Isto teria bastado para lançar um israelita em profundo desespero quanto a si próprio, visto que é impossível para o espírito humano apreciar o valor do precioso sangue do Cordeiro de Deus. O que dava paz era a certeza de que os olhos do Senhor estavam postos sobre o sangue, e que Ele apreciava o seu valor. Isto tranquilizava o coração. O sangue estava de fora da porta, e o israelita encontrava-se dentro de casa, de modo que não podia ver aquele sangue; mas Deus o via, e isso era perfeitamente suficiente.
A aplicação deste fato à questão da paz do pecador é bem clara. O Senhor Jesus Cristo, havendo derramado o Seu precioso sangue, em expiação perfeita pelo pecado, levou esse sangue à presença de Deus, e fez ali aspersão dele; e o testemunho de Deus assegura o crente de que as coisas estão liquidadas a seu favor—liquidadas, não pelo apreço que ele dá ao sangue, mas, sim, pelo próprio sangue, que tem um tão grande valor para Deus, que, por causa desse sangue, sem mais um jota ou um til, Ele pode perdoar com justiça todo o pecado e aceitar o pecador como um ser perfeitamente justo em Cristo. Como poderia alguém desfrutar paz segura se a sua paz dependesse da sua apreciação do sangue?- Seria impossível! A me­lhor apreciação que o espírito humano possa tomar do sangue estará sempre infinitamente abaixo do seu valor divino; e, portanto, se a nossa paz dependesse da apreciação que lhe devíamos dar, nós jamais poderíamos gozar de uma paz segura, e seria o mesmo que se a buscássemos pelas obras da lei (Rm 9:32; Gl 2:16; 3:10). O fundamento de paz ou há de ser somente o sangue, ou então nunca teremos paz. Juntar-lhe o valor que nós lhe damos, é derrubar todo o edifício do cristianismo, precisamente como se conduzíssemos o pecador ao pé do monte Sinai e o puséssemos debaixo do concerto da lei. Ou o sacrifício de Cristo é suficiente ou não é. Se é suficiente, por que essas dúvidas e temores1?- As palavras dos nossos lábios confessam que a obra está cumprida, mas as dúvidas e temores do coração declaram que não. Todo aquele que duvida do seu perdão perfeito e eterno, nega, tanto quanto lhe diz respeito, o cumprimen­to do sacrifício de Cristo.
Há muitas pessoas que fogem da ideia de pôr em dúvida delibe­rada e abertamente a eficácia do sangue de Cristo, mas que, todavia, não têm uma paz segura. Estas pessoas dizem estar completamente convencidas da suficiência do sangue de Cristo, desde que possam estar certas de ter parte nele — desde que possam ter a verdadeira fé. Há muitas almas preciosas nesta infeliz condição. Ocupam-se mais da sua fé e dos seus interesses do que com o sangue de Cristo e a palavra de Deus. Por outras palavras, olham para o seu íntimo, em vez de olharem para Cristo. Isto não é o procedimento da fé, e, por conseguinte, carecem de paz. O israelita protegido pela umbreira da porta manchada de sangue podia dar a estas almas uma lição muito apropriada — não fora salvo pelo interesse que tinha no sangue nem pelos seus pensamentos acerca dele, mas simplesmente pelo próprio sangue. Sem dúvida, ele tinha uma parte bem-aventu-rada no sangue; assim como os seus pensamentos também estavam postos nele; porém, Deus não havia dito: "Vendo eu o vosso apreço pelo sangue passarei por cima de vós". Ah! não; o SANGUE, com o seu mérito exclusivo e eficácia divina estava posto perante Israel; e se eles tivessem tentado pôr só que fosse um bocado de pão asmo ao lado do sangue, como base de segurança, teriam feito do Senhor mentiroso e negado a suficiência do Seu remédio.
O sangue, como já falamos, era um sinal para que a praga da mortandade sobre o Egito não afetasse os que tinham em suas casas. D´us estava prestes a concluir seu juízo sobre o Egito . O Egito simboliza escravidão, opressão... Na sua máxima o Egito é um sistema de governo onde está alienado a vontade de D´us. O Egito é o mundo, porém não o mundo criado, afinal, parques, praias, mares, montanhas... É de D´us e tudo foi feito por Ele. (SL. 24. 1-2). O Egito é exatamente o sistema mundano que jaz no maligno. (I JO. 5.19; 2. 15,16).
D´us enviou seu Filho para nos libertar do juízo sobre este mundo (...Tendo sido justificado pelo seu sangue, seremos salvo da ira. RM. 5.9; I TS. 1.10) por meio do sangue do Cordeiro.
A palavra BEIT no hebraico indica: Clã, casa e família. Cristo na cruz vertendo seu sangue é a casa de Êxodo 12. 7. Em hebraico é BEIT ADONAI (Ef. 2.19), que pode ser traduzido como CASA DE D´US . Casa de D´us, família de D´us, igreja e etc., são variantes para a palavra EKKLESIA DO GREGO TIRADOS PARA FORA, ou seja do mundo. Assim os que estão dentro desta casa espiritual (aonde somente se entra pela porta JO. 19. 9) estará protegido da irá apocalíptica  de D´us sobre o mundo.


Artigo II
                                       I.    “Jesus o Seder do Pessach celebrado hoje”
“E naquela noite comerão a carne assada ao fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão... Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do SENHOR"- (Ex.12.8,11)

O Seder
“Essa refeição de aflição ficou conhecida como Seder, Seder de Pessach”. Seder significa Ordem em hebraico, portanto, TUDO acontece numa devida e determinada ordem, que após D´us a ordenou como uma festa de memorial que duraria oito dias...  E aos quinze dias desse mês é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias comereis pães ázimos. No primeiro dia tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis. (Lv. 23.6-8) conhecida também como Hag Hamatzot (festa dos asmos). Em Êxodo no texto em epigrafe o Seder se comemoraria na mesma noite, sem a observância ainda dos oito dias da festa não podendo haver nenhum sinal de fermento já que para os rabinos o fermento representa a inclinação para o mal no coração. O israelita não deitava fora o fermento a fim de ser salvo, mas, sim, porque estava salvo; e se deixasse de o deitar fora, não compro­metia com isso a sua segurança por meio do sangue, mas simples­mente a comunhão com a assembleia. "Por sete dias não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, aquela alma será cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o natural da terra" (versículo 19). O corte de uma alma da congregação corresponde precisamente à suspen­são de um cristão da comunhão, quando acede àquilo que é contrá­rio à santidade da presença de Deus. Deus não pode tolerar o mal. Um simples pensamento impuro interrompe a comunhão da alma; e enquanto a mancha produzida por este pensamento não for tirada pela confissão, baseada na intercessão de Cristo, não é possível restabelecer a comunhão (vide 1 Jo 1:5 -10). O cristão sincero regozija-se nisto; e dá louvores em memória da santidade de Deus (SI 97:12). Ainda que pudesse, não diminuiria, nem por um mo­mento, o estalão: é seu gozo inexcedível andar na companhia d Aquele que não andará nem por um momento com uma simples partícula de "fermento".
O cristianismo deve estar intrinsecamente ligado ao seder do pesach. OS evangelhos enfatizam detalhadamente o seder da ultima páscoa com o MESTRE. Jesus usou elementos familiares do seu ultimo culto do seder para ensinar e estabelecer algo diferente para os seus seguidores



O
a)    O Matzah e o Chametz
 que é o Chametz?
 Chamêts é qualquer comida ou bebida feita à base de trigo, centeio, cevada, aveia ou espelta, ou de seus derivados, mesmo que em quantidade mínima, que é fermentado. A única exceção é a matsá, que é o pão não fermentado, pois foram tomadas precauções especiais para assá-la. Entretanto, mesmo matsot para as quais não foram tomados cuidados estritamente minuciosos (para evitar o início do processo de fermentação) serão consideradas chamêts.
     Alimentos que durante o ano inteiro foram verificados, e se enquadram dentro das rigorosas leis da dieta judaica, cashrut( Leis alimentícias Judaicas, derivada de casher que significa puro), não são necessariamente também permitidos para Pêssach. Após uma busca do chametz para retirar de casa entoamos "Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu Mêlech Haolám, Asher Kideshánu Bemitsvotav Vetzivánu Al Biur Chamêts."
"Bendito és Tu, Senhor nosso D'us, Rei do Universo que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou remover o chamêts."
"Todo fermento ou qualquer produto fermentado em meu poder que não vi ou removi, e de que não tenho consciência, seja considerado sem valor e sem dono como o pó da terra."Ambos chamêts e matsá são feitos de farinha e água. Entretanto, o chamêts cresce, simbolizando uma atitude de egoísmo inflado e orgulho exagerado. Em contraste, a matsá permanece fina, aludindo à humildade e submissão. Comendo matsá, internalizamos estas qualidades, fazendo com que sejam partes integrantes de nossa carne e sangue.Ex. 12:15. Nesses sete dias, celebravam a festa das matzot, dos pães asmos, que começava no 14º dia de Nissan no dia em que celebravam o Pêssach. Ex. 12: 18.
Quando ainda não havia fermento industrializado, era necessário criar o fermento da própria massa. Por isso sempre havia uma parte da massa de reserva, que tinha de ser renovada de tempos em tempos com adição de farinha de água, para misturar oxigênio à massa e fazer o fermento se multiplicar. Todo dia a massa era dividida ao meio: com uma metade fazia-se pão fresco, adicionando-se mais farinha e água; a outra metade era renovada em intervalos de algumas horas, mantendo-se fermentada de reserva para o dia seguinte... (Festas Judaicas- pg.24-25/ Ed. Chamada da Meia-noite / Fredi Winkler).  
O fato da festa dos pães asmos (matzot) durarem sete dias, fala da plenitude em servir e pertencer a D'us de todo o coração. Pois uma semana somente é completa ou plena quando tem sete dias. D'us não aceita uma oferta pela metade ou parcialmente.
      “A Hagadá original voltava-se para a interpretação dos símbolos de Pêssach, um costume extraordinário, já que em nenhuma outra ocasião o judeu é obrigado a proclamar a base lógica de um mandamento. Ainda aqui, Rabi Gamaliel III, o proeminente sábio do período que seguiu à destruição do templo 70 (d.e.c.), decretou que a omissão de elucidar o significado dos símbolos anula o valor de usá-los. Portanto a Hagadá reflete as preocupações judaicas reais, provenientes do tumulto do primeiro século. Os judeus não eram os únicos a dedicarem sua atenção ao Sêder. Muitos cristãos acreditavam que a última ceia de Jesus havia sido no Sêder. Estes cristãos – muitos deles judeus convertidos – provavelmente continuavam a fazer todos os anos o seu Sêder como sempre o haviam feito, antes de serem adeptos de Jesus de Nazaré. Para eles, porém, o ritual do Sêder estava imbuído de novos significados. A matzá, por exemplo, era o corpo do seu Senhor, assim como este o havia declarado antes de morrer.” (A Hagadá de Pêssach – pg. 9).
        Portanto a elucidação dos símbolos do Sêder de Pessach, conforme a própria Hagadá afirma, não é de hoje. A palavra Hagadá, traduzida do hebraico significa “contar”. D'us ordenou aos israelitas, que contassem aos seus filhos, em todas as gerações, a história da instituição do Pêssach e sobre a libertação dos hebreus da escravidão no Egito, daí o termo
Após o sacrifício da tarde todos deveriam comer os pães Azimos. Os àzimos eram pães planos com listras marrons e sem fermentos, afinal não daria tempo levedar a massa, pois a libertação seria naquela noite (ÊX. 12. 15-20) e tudo comido apressadamente (ÊX. 12.11). Portanto a elucidação dos símbolos do Sêder de Pessach, conforme a própria Hagadá afirma, não é de hoje. A palavra Hagadá, traduzida do hebraico significa “contar”. D'us ordenou aos israelitas, que contassem aos seus filhos, em todas as gerações, a história da instituição do Pêssach e sobre a libertação dos hebreus da escravidão no Egito..
       “O conceito da levedura tem um significado filosófico. O fermento simboliza defeitos pessoais, altivez e orgulho. Toda pessoa é obrigada a fazer um exame de consciência de seus atos e comportamento e eliminar da sua alma as más qualidades – O fermento que está dentro de si – até que não sobre nem um pouco. A Matzá (pão ázimo) composta apenas de farinha e água, é a sua antítese: simboliza a humildade que cada ser humano deve perseguir a adotar como um ideal de vida...” (Torah a Lei de Moisés - Êxodo 12-pg185 comentário- Editora Sefer). 
As escrituras retratam quase que unanimemente o fermento como pecado:
Ø  E disse Jesus: Adverti, e acautelai do fermento dos fariseus. (MT. 16.6; MC. 8.15; LC. 12.1). O fermento farisaico era o legalismo e hipocrisia na adoração a D´us.

Ø  Um pouco de fermento leveda tosa massa. (GL. 5.9)

Ø  Um pouco de fermento leveda tosa massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho... Seja uma nova massa sem fermento... (I CO. 5. 6-8), O fermento aqui é a velha natureza pecaminosa.

Logo pão ázimo tipifica uma vida sem pecado, malicia mentira e etc. Lógico que este deve ser o caráter do cristão, contudo, seus preceitos nos condizem muito mais sobre a vida de Jesus Cristo. Somente Ele poderia ser os ázimos sem fermento, Ele é o pão conforme João:
   E DISSE JESUS: Eu sou o Pão da Vida... (JO. 6.33-35), e vimos que em momento algum Ele pecou (JO. 8.46).
Os asmos apontam para o pão do seder (ceia). Os evangelhos do Novo Testamento dão em especial atenção aos detalhes do seder da ultima páscoa porque isto era importante para ELE. Disse Jesus: “Tenho desejado comer convosco está páscoa, antes do meu sofrimento” (Lc.22.15)...Tomando o pão sem fermento (matzah) Jesus pega o pão e diz: Isto é o meu corpo... (LC. 22.19), assim como não havia nenhum fermento na Matzah, tão pouco havia fermento (pecado) em Jesus... (Noticias de Israel- março de 2010. pg.08/O cordeiro Pascoal - Stevie Herzig). Por isso Ele aponta para si o pão do seder. Os judeus tradicionais quando celebram o pesach hoje na hora de comer o pão sem fermento dizem: Porque nós comemos isto? Porque as massas de nossos pais não tiveram tempo de fermentar até que se revela-se a eles o Rei dos reis. O Santo e Bendito e os redimiu, como é dito:
Assaram a massa que tiraram do Egito, bolos de pães ázimos pois não fermentaram; pois foram expulsos do Egito e não puderam vacilar e nem provisão se fizeram. (Exodus12:39- www.cafetorah.com.br
02/07/2007 - 19:04)  Os judeus Mesiánicos em sua refeição do seder pascoal ainda acrescentam… E em comendo ele, tomou Jesus (Yeshua) o pão e abençou, e o partiu e deu aos seus discípulos e disse: Tomem e comam, pois isto é o meu corpo. (Mateus 26; 26 www.cafetorah.com.br 02/07/2007 - 19:04) Tendo eles o conhecimento de que Jesús era a realidades de toda sombra ali na páscoa.
            Na realidade são três matzot, pães asmos usados no Pêssach. O curioso é que o oficiante toma um dos pães e em seguida quebra-o em dois e envolve um dos pedaços em um guardanapo branco e virgem denominando-o de αφικομαν, afikoman. E, logo após, esconde-o, encarregando as crianças de procurá-lo no final da refeição. E quando o αφικομαν, afikoman é encontrado, então é partido pelo número de todos os presentes na festa para que comam dele. Esse costume vem a ser uma simbologia sobre o Messias, que após sua morte teve seu corpo envolvido em um lençol e colocado numa sepultura. (Mt 27:59,60). O αφικομαν, afikoman é o pão do meio representando o corpo de Yeshua como o preço do nosso resgate, pois o ser humano é composto de três essências: corpo, alma e espírito, representados pelas três Matzoth.
        Yeshua é o pão da vida que desceu do céu e dá vida ao mundo. Jo 6:32, 33, 35, 48; I Co 11:23.24. “Escondendo o Afikoman”, subtítulo de “A Hagadá de Pessach” (pg.15), é sem dúvida alguma, uma referência ao Messias.

O termo hebraico
אפיקומן, afikoman tem sua origem no termo grego αφικομαν e significa, venho, vou, volto, chego etc. Num sentido mais amplo o termo significa ter de volta ou voltar-se para aquilo que era seu, mas que por algum tempo ficou oculto aos seus olhos. Este significado rememora o texto de Yochanan, João, l: 11,12: “veio para o que era seu e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de D'us; aos que crêem no seu nome”. Também ao texto do emissário Shaul, Paulo: “era mister que a vós se pregasse primeiro a palavra de D'us; mas, visto que a rejeitais, e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios. Porque o Senhor assim no-lo mandou: eu te pus para luz dos gentios, para que sejas de salvação até aos confins da terra”. (At 13: 46,47)
        O Afikoman Yeshua, ainda está escondido e longe da vista da maioria dos judeus, mas algum dia ele voltará e eles “olharão para mim, a quem traspassaram e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito”. Zc 12:10. Portanto, amigo israelita, Yeshua é o nosso afikoman, o nosso resgate, aquele que nos comprou da morte para vida. Quando o judeu se rende aos pés do verdadeiro Messias, aí então, pode se alimentar do afikoman que estava escondido e finalmente foi achado e visto por todos. Yeshua veio, foi para os céus e voltará conforme sua promessa. É necessário se tornar como criança para encontrar o pão oculto na cerimônia do Pessach. Yeshua disse “... se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos de modo algum entrarão no reino dos céus”. Mt 18:3. Ao final da refeição do Sêder de Pessach, as crianças procuram o afikoman, a parte do pão escondida, até encontrá-la. Não é de se admirar que os adultos fiquem de fora apenas observando. O Afikoman Yeshua somente pode ser encontrado quando o homem desce da sua soberba e se humilha ao nível essencial de uma criança. Os judeus que buscam ao Senhor de todo o seu coração, esses são os que acham o pão oculto, o Messias. Jr 29:13,14.
O próprio Yeshua falou pelos lábios do salmista Davi, através do Espírito de D'us, que viria a este mundo: “... então disse: eis aqui venho: no rolo do livro (Toráh) está escrito de mim:... (Sl. 40:7 ou verso 8 (oito) no Tanach). E na Briyt Hadashah (Nova Aliança ou Novo Testamento) ele disse: “... vou, e venho para vós...” (Jo 14:28), isto é vou e volto para vós. Ele veio estabelecer a Nova Aliança descrita no livro do profeta Yrmiah, Jeremias no capítulo 31:31. Por isso mesmo aquela Matzá escondida chama-se afikoman, que fala das três atividades do Messias que veio, foi para o céu e voltará.
        O pão sem fermento também é chamado de “pão da aflição” (Dt. 16.3). Ele simboliza submissão e obediência, que Jesus viveu de maneira perfeita para nossa salvação, até a morte na cruz. Em contraste como pão fermentado. O Azimo não uma aparência e sabor agradável como o pão comum. O Matzá (o pão sem fermento) como ele aponta para O Cristo a sua aparência deve está ligada no que disse o profeta Isaias acerca do servo sofredor: ...não tinha parecer nem formosura; e olhando nós para Ele, nenhuma beleza vimos para que o desejássemos. Is. 53.2;... Nós encontramos em Davi a resposta perceptiva a esse enigma. Ele era tão humilde que ninguém reconhecera as suas grandes qua­lidades e capacidades. Na verdade, essa própria humildade, tão contrária à natureza humana, inconscientemente condenou o orgu­lho de outros e os cegou com seus próprios ressentimentos contra ele...
. Em Davi, seu maior rei, Israel recebeu a ilustração que expli­cava porque o Messias seria tão repulsivo exceto para aqueles pou­cos que O vissem com os olhos de Deus ao invés dos olhos dos homens. De fato, o Messias seria o Homem perfeito como Deus pretendia que todos os homens fossem, sem as violências do peca­do no espírito, alma e corpo. Suas perfeições, no entanto, sendo aquelas que agradavam a Deus, seriam desprezadas por pessoas egocêntricas e pecadoras que viviam em rebelião contra Deus e pretendiam se tornar pequenos deuses... (Jerusalém : um cálice de tontear / Dave Hunt. Ed.chamada da Meia-Noite). Já no caso do sabor do Matzá deve está co-ligado ao seu discurso durante sua missão; discurso este que Se explica assim a simpatia inicial dos judeus e o seu antagonismo subseqüente. A severidade do tom de Jesus, a exigência inflexível de justiça, o desafio do Seu ensino e a abnegação do discipulado, se combinam para apresentar a verdade, de tal maneira que as atitudes básicas dos judeus ficam reveladas. não atendia as pretensões humanas de sua nação. Frases tipos: ... Duro é este discurso; quem o pode ouvir? (Jo. 6.60) O discurso (vs.35-58) era duro naquilo que era dificil de aceitar. Outros como Vos tendes por pai o diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai...Mas porque vos digo a verdade, não me credes? (Jo. 8.44a ,45) desencadeam controversias e odio para com Ele.

a)    O Maror (As ervas amargas)
 Na celebração da páscoa tinha como idéia, trazer a memória todo sofrimento cruel que foram submetidos no Egito, de como foi à vida amarga no mundo – Símbolo da amargura e opressão – è que nos momentos de liberdade, não deve ser esquecida jamais a amargura da escravidão, e, nos tempos de opressão, deve se manter viva a esperança de liberdade... A união desses dois elementos ensina que apenas quem provou o doce sabor da liberdade é capaz de compreender a amargura da opressão... ...”(Torah a Lei de Moisés - Êxodo 12-pg185 comentário). Chocolates, ovos... Nada disto trará à memória a dura vida que foi vivida no mundo. Em Jesus as ervas amargas, retratam toda sua dor e sofrimento enquanto homem no seu ministério. Por causa da leviandade dos nossos corações é bom compreen­dermos a profunda significação das ervas amargosas. Quem poderá ler os Salmos 6,22,38,69,88, e 109, sem compreender, em alguma medida, o significado dos pães asmos com ervas amargosas1?- Uma vida praticamente santa, unida a uma profunda submissão de alma, deve ser o fruto da comunhão verdadeira com os sofrimentos de Cristo, porque é de todo impossível que o mal moral e a leviandade de espírito possam subsistir na presença desses sofrimentos
I.                         No getsemani (LC. 22.47-53) e paralelos
II.                       Sua prisão       (LC. 22.47-53)
III.                    Rejeição           (MT. 12.24)
IV.                    E ETC.
Enfim o matzah com ervas amarga simboliza a sofrida vida do FILHO DE D´US no
Mundo, já antecipada pelo profeta Isaias. (IS. 53.1-12)
Onde é o meu aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?" Mc.14.14
     ...Maror - são raízes amargas (raladas), juntamente com a CHAZERET que é um tipo de almeirão, também conhecido como alface romana. O almeirão é mergulhado no CHAROSET. A finalidade destas ervas amargas é trazer a memória o sofrimento e a escravidão, que em princípio não era má, porém, tornou-se extremamente amarga, e então Deus interveio livrando-os. O Charoseth é uma mistura de maçã, pêra, nozes e vinho, lembrando o sofrimento do povo hebreu que foi esmagado debaixo do jugo egípcio, e também, a argamassa que eram obrigados a fazer. Há aqui um significado para nós, que somos o Israel espitirual. Podemos mergulhar o nosso sofrimento no Charoseth, pois o vinho pensa as feridas - Lucas 10:34. Transforma sofrimento em vitória - feridas em cura - sofrimento em libertação.  Depois de comido o Maror e a chazeret, deve-se comer o KORECH que é uma espécie de sanduíche. Ele é composto de Matzá, junto com raiz forte ralada - Maror. A Matzá com a qual é formada o sanduíche tem significado de fé inabalável e da liberdade. Um tipo de fé que nos faz permanecer firmes em momentos de extremo sofrimento, perscrutando um livramento e salvação que certamente virão. Isaías 46:13. Outro elemento chamado ZEROÁ, não será comido. Trata-se de um pedaço do braço do cordeiro, em lembrança ao cordeiro pascal que era sacrificado no Templo as vésperas do Pessach (só comido no final do Seder). Zeroá significa "braço" em hebraico, e é para lembrar que: Com mão forte e braço estendido, o Senhor libertou a Israel (Deuteronômio 4:34 - Salmo 118:16). Portanto, braço estendido nos fala de vitória e libertação.  BETSÁ é o ovo cozido, que será comido antes da refeição festiva. Em aramaico é chamado de ZEÁ, que significa "querer". Deus quis tirar o povo do cativeiro, com braço forte. O ovo é símbolo de luto, tristeza, mas também de renovação. Quanto mais o cozinhamos, mais ele endurece, portanto, quanto mais o sofrimento se intensificou sobre os hebreus, tanto mais seus músculos ficaram Fortes, muito mais do que seus opressores. Êxodo 1:12.
Com o cordeiro pascal, para que o gosto da redenção permaneça na boca. A este pedaço de Matzá, é atribuído poder de cura, proteção, sustento e bênçãos.
Em seguida, toma-se o terceiro copo de vinho, sendo proferidas bênçãos de ações de graça após as refeições e o Salmo 126 é entoado, juntamente com outros salmos de louvor. Uma oração, chamada Bircat Hamazon, composta de 4 bênçãos é proferida pelo cabeça da casa. Como os judeus sabem muito bem o poder da benção e em proferi-la, impõem as mãos sobre os filhos e proferem-nas.
Segue-se que é colocado vinho sobre o quarto copo, enquanto nesse instante as crianças abrem a porta dizendo: Baruch Rabá = Bem-vindo. O ato de abrir a porta, significa que não temem, portanto, não tememos os perigos da noite, pois estamos em Aliança de sangue com Aquele que não tosqueneja nem dorme, com o Guarda de Israel.
Encerra-se a noite com muitos cânticos e salmos de louvor, abençoando uns aos outros com imposição de mãos, principalmente sobre os filhos.  Como você pode observar, há uma diferença ENORME entre a páscoa que comemoramos e a que é comemorada pelo povo de Israel. É óbvio que não devemos comemorá-la aos moldes dos judeus, mesmo porque não o somos, entretanto, é lamentável o que tem ocorrido com esta festa e como a maioria das pessoas tem-na tratado!  Muito embora o ocidente tenha industrializado a páscoa, porém, para nós cristãos, tem um nobre significado. O cordeiro pascal - JESUS - foi imolado, derramou Seu sangue para a remissão de nossos pecados. Ele nos tirou da escravidão das trevas, portanto o anjo da morte, não tem mais poder sobre nós...  Que a verdadeira páscoa seja comemorada por você e sua família.  Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.
A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.  E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai - Mateus 26:26-29.  Agora, depois de tudo o que escrevemos, responda para você mesmo: Onde é o aposento que Jesus irá passar a páscoa contigo? Baruch Haba B'shen Adonai -                                                                                           Bendito o que vem em nome do Senhor! “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” – 1 Coríntios 5:7.
        Falamos de um envolvimento profundo, juntamente com rituais, observados pelos judeus em relação a páscoa, que talvez tenha até mesmo deixado alguns a pensarem do "por que" de tudo isto; se deviam ou não observar todos aqueles rituais...
Tudo que ocorreu no Velho Testamento, era sombra do que estaria por acontecer, digamos, no Novo Testamento. Tudo o que ocorreu debaixo da lei, era sombra do que deveria (deve) ocorrer debaixo da Nova Aliança - GRAÇA, portanto, não nos assustemos com os rituais envolvidos na páscoa praticada pelos hebreus, porém, vamos atentar ao significado espiritual da mesma e este sim deve ser aplicado em nossas vidas. Na realidade, a intenção era de trazer a memória, a seriedade e também a profundidade de algo que cada dia mais é banalizado pelo comércio. (Dói muito, quanto está chegando a páscoa, e as pessoas já se manifestam no sentido de desejarem as guloseimas comercializadas na época, sem ao menos mencionarem o sentido maior dessa comemoração. Constrange mais ainda em ver que os evangélicos vão aderindo ao movimento).

          O apóstolo Paulo está dizendo à igreja em Corinto, para lançar fora o velho fermento. Fermento, nos fala de IMPUREZA, de vida pecaminosa, de conformar-se com a prática mundana, de se assimilar ao mundo.Observemos que Paulo faz menção ao Cordeiro pascal que foi imolado. Ora, Ele foi imolado, a fim de que Seu sangue fosse derramado e pudesse trazer remissão de pecados e limpeza espiritual a todo aquele que NELE buscar salvação. Assim como lá no Egito, houve necessidade de matar o cordeiro e espargir o sangue nos umbrais da porta, há necessidade de cada ser vivente que deseja vida, tomar do sangue do Cordeiro pascal - pela fé - e espargir sobre os umbrais de sua própria vida. Ele verdadeiramente é o CORDEIRO PASCAL. Note que o "lançar fora" depende de cada um. Eu não posso "lançar fora" o seu fermento e nem você o meu fermento. A tarefa é de cada um. É intransferível. Inútil será pensar que alguém vai ficar pagando o preço em oração, sempre, pela vida de outrem. Orar e interceder pelos outros é bíblico, porém, fica claro que o fermento que ME PERTENCE, eu mesmo devo lançá-lo fora; eu mesmo devo expulsá-lo de minha vida, e não esperar que outro venha fazê-lo. E o que redunda de uma vida limpa de "fermento"? Viverá em vitória, independente de qual situação esteja enfrentando. A Bíblia, o evangelho, o cristianismo NUNCA ofereceu vida sem dificuldades e isenta de aflição; e sim, que sempre teremos garantia de vitória. Uma vida "sem fermento" está apta para enfrentar em vitória, nas seguintes ocasiões, alistadas pelo próprio apóstolo Paulo em II Coríntios 6:3-10, que bem sabia o que significava cada uma destas situações:

 “... Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado; Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo”. Aleluia!

O Cordeiro pascal deve ser uma realidade em nossas vidas, para que possamos estar atentos para o toque da última trombeta. A trombeta soará, e somente os que estiverem com o sangue do Cordeiro pascal sobre os umbrais de sua vida é que ouvirá esse diferenciado toque, a fim de reunir os eleitos para estarem com Ele prá sempre na glória que tem preparado antes da fundação do mundo.
Vale a decisão e o esforço por viver em santidade – estejamos certos disso!
           
II. O seder do Pessach e YESHUA

Mat. 26:17-30; Mar. 14:12-16; Luc. 22:7-23; I Cor. 11:23-29; João 13.
E
nsina-nos que a Santa Ceia foi instituída na noite da Páscoa pelo Messias de Israel, o Senhor Jesus Cristo. Aparentemente, Jesus estava ensinando a seus discípulos que a Santa Ceia ia tomas lugar da Páscoa e que Ele mesmo desde então o Senhor Jesus é a nossa (dos filhos de Deus) Páscoa. I Cor. 5:7.Jesus observou a Páscoa exatamente do jeito que acabamos de estudar, mas quando Ele se levantou para partir a Matzah (aphikomen) e distribui-los aos discípulos, então, Ele instruiu a Santa Ceia dizendo que o pão representava o seu corpo, e mais tarde o vinho, o seu sangue.
  1. Páscoa comemora a redenção física do Egito.
  2. Páscoa foi observada anualmente
 "O CORDEIRO DA PÁSCOA É O TIPO DO CORDEIRO DE DEUS (CRISTO)".
  1. O cordeiro havia de ser sem mancha, guardado 4 dias (Ex. 12:5-6 cf. João 8:46; 18:38).
  2. O cordeiro assim provado foi sacrificado (Ex. 12:6 cf. João 12:24; Heb 9:22).
  3. O sangue do cordeiro havia de ser aplicado (Ex. 12:7 cf. João 3:36).
  4. O sangue do cordeiro pela fé (mais nada) evitou julgamento (Ex. 12:13 cf. I João 1:7). O sangue na porta foi o suficiente.
  5. A festa de Páscoa tipificou Cristo como Pão da Vida cf. A Santa Ceia. (Mat. 26:26-28 ; I Cor. 11:23-26).
III"A OBSERVAÇÃO DA PÁSCOA DE HOJE EM DIA"
H
ouve tantas modificações na observação dessa festa que tecnicamente falando os israelitas não observando a páscoa e sim a festa dos pães amos. Até que eles observam a festa no dia 15 até 22 de Nisan. A festa é celebrada por 8 dias.
Israelitas usam um livrinho que contém a ordem de serviço que deve ser observada na noite de páscoa, chama-se "HAGGADAH SHEL PESSACH" (A NARRATIVA DA HISTÓRIA DA PÁSCOA). Para Israel é a história ou declaração da sua independência. Este, "Culto em Casa" chama-se o "SEDER”. (Ordem de serviço).O festival de páscoa (pesach) começa na véspera de 15 de Nisan (Abril) e dura 8 dias.
Na noite do dia 14 o chefe da família faz uma procura diligente na casa com uma vela na mão. Está a procura de "chametz" (levedura) porque não é licito Ter leveduras na casa durante esses 8 dias. Essa procura chama-se "Bedikat Chamatz". De fato, a senhora da casa fez uma limpeza espiritual durante o mesmo dia e a casa é muito limpa. Porém, ela deixou de propósito alguns miolos de pão para ele achar. Os miolos de pão são embrulhados e queimados na manhã seguinte. Essa cerimônia é chamada de "Biur Chametz". Ele era depois pedindo que Deus lhe perdoe se houver uma levedura que não foi achada. Tecnicamente falando não é licito nem possuir alguma levedura durante pesach não só simplesmente limpar a casa. Então, judeus piedosos que são donos de lojas que vendem produtos de leveduras devem desembaraçar-se delas. Por isso inventaram uma cerimônia chamada: "Meekirat Chametz". (A venda de levedura). O judeu piedoso deve vender sua possessão de leveduras para um gentio. A transação é feita na presença de um rabino, geralmente, mas a possessão!Devolvida depois do Pesach. Na noite de páscoa, o pai volta da sinagoga para sua casa decorada para a festa. A família está vestida com a sua melhor roupa. A mesa está preparada em todos os símbolos tradicionais de pesach. A casa é bem iluminada para comemorar o fato que as casas dos seus antepassados tinham luz enquanto as dos egípcios estavam em trevas durante a nona praga. Êxodo 10:21-23.

"OS SÍMBOLOS NA MESA"
  1. O Copo de Água Salgada: simboliza o Mar Vermelho e também as lágrimas dos seus antepassados quando eram escravos.
  2. Os Três Matzos: (pães asmos) cobertos com uma toalha branca, Lembrando aos pães asmos originais.
  3. 4 Copos de Vinho Vermelho: simboliza o sangue do cordeiro.
  4. O Copo de Elias: Um copo de vinho é reservado para o profeta Elias. Também uma cadeira e a porta aberta para sua vinda. Existe uma tradição rabínica que Moisés virá na noite de Pesach. Isto simboliza a esperança dos Israelitas. Será que ele virá nesta noite? Tomará o vinho? Anunciará a chegada do Messias?
    "OS SÍMBOLOS NO PRATO DE PESACH"
    1. Um ovo: (o ovo cozido simboliza o sacrifício do cordeiro inteiro sem quebrar um osso do cordeiro).
    2. Um osso: (simbolizando o cordeiro que não pode sacrificar sem o templo).
    3. Charoseth: (uma mistura de maçã moída, nozes e vinho) simboliza a mistura usada para fazer os tijolos para Faraó.
    4. As amargas: (ervas amarga significa geralmente vida amarga no Egito).
    5. Os verdes: (provavelmente significa rábano silvestre). (rabanete silvestre).
    O Sábado antes da páscoa chama-se "os sábados há-gadel" ou "o grande sábado".
    Os israelitas têm um culto em casa chamado "O Seder" (ordem de serviço) que já tinha mencionado. O seder se encontra no livro "Haggadah Shel Pesach". A ordem de serviço é o seguinte:
    1. Benção              8. Amargas 13. Louvar
    2. Lavar                9. Combinar
    3. Salsa da Matzah            10. Preparar a mesa
    4. Dividir              11. Aphikomem.
    5. Recitar              12. Benção
    6. Lavar
    7. Benção

    Explicação do Seder
    1
    . Kaddesh: (Oração de Santificação). Encher um copo de vinho (da redenção) "Abençoados és Tu, Jeová, nosso Deus, Rei do Universo, que criou o fruto da videira. Abençoado és Tu, ó Jeová, nosso Deus, que nos escolheste de entre todos os povos, e nos exaltastes de todas as línguas e nos santificaste com teus mandamentos, etc... Abençoado és Tu, Abençoados és Tu, Jeová, nosso Deus, Rei do Universo, porque preservaste vivos e nos sustentaste e nos trouxeste até está época de férias". (Então todos tomam o primeiro copo de vinho).
    1. Rachtza: (Lavagem das Mãos). Para qualificá-lo como sacerdote da ocasião, o chefe da família veste-se de um "Kittel" (um manto) e um "yarmulkeh". Depois ele reclina num leito preparado.
    2. Carpas: (Salsa, os Verdes). Salsa é distribuída entre os participantes. O chefe
    Pronuncia uma benção e mergulha a salsa na água salgada. Isto representa o "hissope" que foi mergulhado no sangue e depois colocado na porta em Egito.
    1. Yachatz: (Divisão). O Chefe divide "Matzah" no meio e embrulha uma parte escondendo-a debaixo de uma almofada. O outro pedaço é colocado de novo na mesa. O pedaço escondido chama-se "Aphikomem". E é considerado precioso. Todos ficam em pé, seguram o prato de "Matzah" e recitam: "Isto é o pão da aflição que nossos pais comeram no Egito. Deixem todos os que têm fome entrar e comer e os que estão em falta, entram para celebrar a páscoa. Hoje estamos celebrando-a em Jerusalém. Este ano, somos servos, no ano que vem, seremos livres na terra de Israel."
    . Maggid: (Recital de Ação de Graças). Recitem, Então, os milagres e as bênçãos que Deus fez no Egito quando os libertou. Orem para proteção no futuro e também que D´us os vinguem. A Haggadah (narrativa) começa com quatro perguntas pelo membro mais moço da família.
    Introdução: "Como é que esta noite é diferente do que todas as outras?"
    1. Em todas as outras noites podemos comer pão levado (fermento), mas hoje a noite comemos só Matzah (pão asmos). Por quê?
    2. Em todas as outras noites podemos comer qualquer tipo de ervas. Hoje a noite só erva amarga. Por quê?
    3. Em todas as outras noites, nem mergulhamos os verdes nenhuma vez. Hoje a noite até duas vezes. Por quê?
    4. Em todas as outras noites, jantamos ou assentados ou reclinados, mas hoje a noite todos janta reclinados. Por quê?
    O Pai responde: "Éramos escravos no Egito... e ele relata a narrativa toda conforme o ensino de Torá (Ex. 13:8), exigindo uma aplicação pessoal da redenção, ele tem que louvar a Deus como se fosse a sua própria redenção do Egito. Entoam Salmos 113 e 114. (os copos de vinho são cheios de novo e todos bebem).
    1. Rachtza: (Lavagem das Mãos). Todos as lavam agora e a benção é pronunciada sobre a Matzah.
    2. Motze-Natzah: (quebrar a Matzah). O chefe da família quebra a distribui pedaços de Matzah a todos.
    3. Maror: (ervas amargas). Cada pessoa recebe uma erva amarga que é então mergulhada no Charoseth e comida.
    4. Korach: (colocar o rábano silvestre). Todos colam dois pedaços de rábano silvestre entre Matzoth e mergulham-no na Charoseth, todos dizendo: "Em memória de Hillel porque este famoso rabino o fez para cumprir". Ex. 12:8. Talvez fosse isto que Judas Iscariotes fez na noite em que traiu o Messias (Mat. 26:24-25 cf. João 13:30).
    5. Shulchan Aruch: (preparação da mesa). A mesa é preparada para jantar. Tradicionalmente servem peixe, sopa, frango, etc... Torna-se uma festa de alegria em fim.
    6. Tzafon: (escondido). No fim de Seder, uma criança procura o "aphikomen" que foi escondido antes. A criança que o encontra recebe um presente. Os Hebreus Cristãos vêem nisto, algo interessante. Para eles, os Matzoth representam a trindade. O pedaço no meio que é quebrado e escondido representa "O Filho de Deus, o Messias, cortado da terra (Daniel 9:26) escondido por enquanto e que há de voltar! Todos tem que comer aphikomen". (Todos bebem do terceiro copo de vinho) cf. Mat. 26:26-29.
    7. Berech: (A Benção de Graça). A graça é pronunciada depois de jantar e todos que lavar as mãos de novo e beber o terceiro copo (agora como está escrito em cima). Enchem então o quarto copo de vinho que significa que há de vir. Neste momento, o filho mais velho deixe seu lugar para abrir a porta para Elias.
    8. Hallel: (Louvor). Cantam os Salmos 115 a 118. O Chefe da família ora dizendo: "Ó Deus de Abraão, Isaque e Jacó, quanto estamos pela sua promessa. Nós Te imploramos agora, mandou o Seu Ungido, O Filho de Davi. Tenha misericórdia sobre o Teu povo Israel. Recolha-nos conforme a Tua palavra e seremos o Teu povo, ficaremos satisfeitos como nos tempos antigos. Eis que tudo está pronto".
    (Uns momentos de silêncio... Todos esperando Elias).
    Finalmente, a porta e fechada e o pai fala mais uma vez: "Até quando ó Deus, ficarás sempre bravo conosco? Quando tornarás a Ter misericórdia para conosco e nos restaurarás no Seu favor? Estamos sofrendo. Estamos espalhados entre os pagãos”. Eles nos zombam dizendo: "Onde está o seu Deus? Onde estão as promessas da sua vida?". Quase desanimamos mas estamos aguardando. Somos esquecidos e quase mortos, mas temos confiança ainda. O Senhor, nosso Deus, que possa Te agradar par nos escolher logo, logo e nos restaurar no seu favor. Pelo menos, no ano que vem, permite que nós celebremos a páscoa em Jerusalém, Sua cidade. Bebem o quarto copo de vinho. O Seder termina com todos cantando "Chad Gadya”.
    Explicação do Chad Gadya: (Um Cabrito Só)
    Chad Gadya: é um corinho escrito na última pagina de Haggadah Shel Pesach. Mas o corinho tem um significado especial.
    O Pai Celeste comprou um cabrito (Israel) com o sangue de circuncisão e o sangue da páscoa (o cordeiro).
    O cabrito foi engolido pelo gato (Egito) que foi então conquistado pelo cachorro (Babilônia) que então foi conquistado pelo pedaço de pau (Mede Pérsia) e depois o fogo (Alexandre-Grécia) queimou o pau. Depois a água (Roma) apagou o fogo, tornando-se um império mundial. Mas o boi (os sarracenos) bebeu a água e então, foi morto pelo carneiro (cruzadas religiosas) que então foi pegado pelo anjo da morte (os turcos) e finalmente a relâmpago (Deus) acaba com o anjo da morte e salva o cabrito.
    VI-O Pessach Judaico e a páscoa Cristã
    I
    nfelizmente, este evento tem sido distorcido e embaçado ao longo da história, sendo usado para infligir sofrimento e morte a muitos em nome de Jesus Cristo (ao invés de ser usado para libertar cativos das prisões do pecado para que conheçam o verdadeiro amor). Isso pode ser equiparado ao incógnito “pecado imperdoável”, e sem dúvida é uma grande tragédia. Apesar de desconhecido por muitos cristãos nos dias de hoje, os judeus sofreram por quase dois milênios grandes aflições e perseguições orquestradas por entidades cristãs baseadas no sacrifício de Cristo. Por esta razão, trazer a pessoa de Jesus (ou Yeshua) novamente à consciência do Judeu não é tarefa fácil. Assim, o fenômeno ao qual chamamos de “Restauração” é de fundamental importância, maior até do que a famosa “Reforma” em seus dias de glória. Aliás, podemos dizer até que a Restauração é a evolução natural e espiritual da Reforma. É inevitável.
    O que nasceu na fé e na prática judaica, predito pelos profetas de Israel e descendente da linhagem real de reis de Judá, apresentado aos gentios por apóstolos judeus, foi DISTORCIDO e TRANSFORMADO em uma religião que em quase NADA se assemelha às suas origens. Tragicamente, um judeu não vê nenhuma semelhança entre o cristianismo de hoje e a fé bíblica para a qual ele foi chamado por D-us (Gn 12:2). Estamos vivendo no momento mais oportuno da história, pois temos a oportunidade de RESTAURAR o que foi encoberto e RETORNAR à fonte (ou, como declarado pelos reformistas – “sola Scriptura” – apenas as Escrituras). Jesus disse: “Porque vocês transgridem os mandamentos de D-us por amor à vossa tradição?” (Mt 15:3 e Mc 7:8-9). Esta palavra foi originalmente endereçada aos líderes do judaísmo da época de Jesus, mas verdadeiramente é uma palavra de “dois gumes” e deveria ser usada a qualquer pessoa em qualquer época da história onde for necessária.
    O que foi padronizado no Cristianismo como “Páscoa” foi na verdade uma SUBSTITUIÇÃO da Páscoa Bíblica e judaica do nosso Senhor (Pessach) e a Festa de Primícias (Bikurim) – Lv 23, que aconteceu no mesmo dia da ressurreição do nosso Messias. A “Páscoa” cristã foi oficializada em 325 d.C. no Concílio de Nicéia pelo imperador Constantino, o qual proclamou a nação pagã de Roma uma “nação cristã” da noite para o dia. O ódio contra os judeus os guiou para fazerem todo o possível para separarem a fé em Cristo das suas raízes Judaicas, incluindo a mudança do dia da Páscoa Judaica (14 de Nissan ou Aviv – Lv 23:5-6) para uma nova data com o intuito de não ter vínculo algum com a Festa Judaica de Pessach, a qual eles amaldiçoaram.
    Nenhum bispo Judeu foi convidado ou permitido participar deste concílio (e havia muitos bispos Judeus no seio da Igreja na época). Assim, a Páscoa Cristã foi instituída em substituição à Pascoa Judaica. Nos países de língua inglesa esta festa é conhecida como “Easter”. Este nome surgiu de uma festividade de primavera celebrada por Assírios, Babilônios (e posteriormente Celtas), em adoração a deusa Ishtar (ou Oestre no mundo nórdico). Esta era a deusa da fertilidade, daí ovos e coelhos eram usados como simbolismos. Em espanhol, francês e português (e outras línguas latinas), esta festa permaneceu conhecida como “Páscoa”, “Paque” ou “Pascha”, nomes que derivam da transliteração do termo hebraico “Pêssach” (Passagem).
    E foi assim que outros elementos NÃO-BÍBLICOS (como por exemplo, a substituição do dia do senhor do Sábado para o domingo – ver os 10 mandamentos) adentraram a religião cristã por intermédio de um espírito anti-semita e anti-judaico que floresceu em pessoas como João Crisóstomo, Marcião e muitos outros chamados “pais” da Igreja, cujo background era o paganismo grego que odiava aos judeus (culminando no reformista Lutero, que apesar de sua enorme contribuição, escreveu no final de sua vida o livro “Os judeus e suas mentiras - 1543”, dando a receita que Hitler seguiria 400 anos depois). Há provas históricas que até meados do século IV d.C., os cristãos celebravam a Páscoa ou “Pascha” no mesmo dia bíblico que os judeus (Peri Pascha – Melito de Sardis – Séc II d.C.; Historia Eclesiástica  - Eusébio – Séc IV d.C.).
    Bendito es tu Adonai nosso Deus o qual nos redimiu a nós e nossos pais no Egito, e viemos nesta noite a comer pães ázimos e ervas amargas.
    Sim, Adonai nosso Deus e Deus de nossos pais, pela morte do Messias proclamamos um novo cântico acerca de nossa redenção e remissão de nossas almas através de Yeshua (Jesus), o Messias (HaMashiach), a nossa justiça; Jesus, nosso Senhor.
    Bendito és tu Adonai, que redimiu a Israel.
    Bendito
    és tu Adonai nosso Deus, Rei do universo, criador do fruto da videira Bendito és tu Adonai, Rei do Universo, Criador do fruto da videira
    Bendito és tu Adonai, nosso Deus, Rei do Universo o qual nos escolheu e nos levantou; e santificou, no amor e nos momentos de alegria, festas e tempos de júbilo; no tempo desta festa de pães ázimos, tempo de nossa liberdade, santo acontecimento, lembrança da saída do Egito, e memorial eterno da morte de Yeshua(Jesus) o Messias, teu filho, teu único, por amor de nós, e no seu sangue o qual foi derramado por amor de nós

    “Baruch atah Adonai” 
 CONTINUA...