CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA JUDAICO-CRISTÃ
- Acendendo as luzes da festa
Com.
Nos lares das famílias judias cabia a mãe acender as luzes e assim dar vida e
alegria ao ambiente onde se realizavam as solenidades. Podemos supor que na
última ceia, foi Maria que acendeu as luzes. O uso de velas nos altares tem
origem neste antigo costume do povo do antigo testamento.
(de pé)
(Neste momento a mãe acende
as velas do Menorá)
Refrão: Deixa a luz do
céu entrar, deixa a luz do céu entrar; abra bem a porta do teu coração e deixa
a luz do entrar
Mãe:
Bendito sejais Tu Senhor nosso Deus, rei do universo, que nos santificaste por
seus mandamentos e nos ordenaste que celebrássemos esta festa das luzes.
Bendito sejas Tu Senhor, que nos destes a vida até o dia de hoje, que esta casa
seja abençoada e brilhe sobre nós a tua luz.
Refrão: Nossa
casa será abençoada por que o Senhor vai derramar o seu amor! Derrama ó Senhor,
derrama ó Senhor, derrama sobre nós o seu amor!
- Benção da Festa (Qiddush)
(sentados)
Com.
Todo alimento servido na páscoa judaica era abençoado antes de ser consumido.
Tudo isso era feito pelo chefe da casa, que agradecia a Deus por seus dons
dados ao povo eleito.
PAI (toma o alimento e reza)
Bendito sejais Senhor nosso Deus, Rei do Universo que nos santificastes com os
teus mandamentos. Com amor nos destes este mandamento de celebrar esta Festa
Sagrada dos Pães Ázimos. Por isso estamos reunidos para comemorar a nossa
libertação das garras do poderoso faraó.
Refrão: Ouvi o grito que
sai do chão dos oprimidos em oração!
Primeiro Cálice é servido: CALICE DA SANTIFICAÇÃO
Com.: O
vinho era servido quatro vezes durante a refeição pascal, retirado de uma única
jarra para todos os convivas como símbolo de união. Na última ceia Jesus serviu
assim este primeiro cálice de vinho ainda não consagrado, dizendo: “TOMAI ESTE
CÁLICE E DISTRIBUA ENTRE VOCÊS. Pois digo-vos: já não tornarei a beber o fruto
da videira, até que venha o reino de Deus”. A consagração viria mais tarde,
depois da refeição, ao ser distribuído o terceiro cálice de vinho: o cálice da
benção.
(O primeiro cálice é servido)
Todos: (erguendo o cálice de vinho)
Bendito sejas , Senhor nosso Deus, Rei do Universo, que criaste o fruto da
videira. (O Pai faz a
aclamação e todos respondem)
Todos bebem e em seguida os servidores
trazem a bacia e a toalha para lavar as mãos do Pai
Com:
O ato de lavar as mãos durante a ceia da páscoa significa a purificação
interior de todos aqueles que participam deste ritual solene. Do mesmo modo,
após a apresentação dos dons, no chamado ofertório da Missa, o sacerdote repete
este significativo gesto. Muito provavelmente foi justamente neste ponto da
Ceia que Jesus se levantou e lavou os pés de seus discípulos, demonstrando o
seu novo mandamento.
(todos fazem uma fila e lavam
as mãos) – opcional caso tenha muitos participantes
Servidores trazem as ervas
amargas e água salgada, símbolo das lágrimas e sofrimentos no Egito.
Pai:
Bendito sejas tu, Senhor, nosso Deus, rei
do universo, que criaste o fruto da terra.
Refrão:
Bendito sejais, ó Pai criador, Pai santo e Senhor bendito sejais!
Servidores trazem o pão ázimo
(matsôt) entrega ao Pai que o levanta mostrando aos presentes
Com.:
Durante a Celebração da Páscoa os judeus eram obrigados a comer pão ázimo para
lembrar a pressa com que saíram do Egito. Seguindo o costume dos judeus nós
cristãos também usamos o pão ázimo em nossas celebrações.
PAI:
Contempla ó Senhor, os tormentos que nossos pais no passado sofreram no Egito.
Permita, senhor, que teu povo viva em paz e livre de toda escravidão.
Refrão: ouvi o
grito que sai do chão dos oprimidos em oração!
- RELATO DA SAÍDA
O segundo cálice é servido - CÁLICE DA SAÍDA
Com.:
Neste momento será feito a memória da primeira páscoa. A pessoa mais jovem faz
quatro perguntas. Na última ceia, quem as formulou foi o apóstolo João.
O MAIS NOVO:
Por que esta noite é diferente das outras? Nas outras noites, tanto comemos do
pão ázimo como do pão comum. Por que esta noite só comemos pão ázimo?
Todas as
outras noites comemos qualquer espécie de verduras. Por que esta noite comemos
ervas amargas? Todas as outras noites comemos ervas sem tempero. Por que esta
noite temperamos as ervas com a água salgada e com doce?
Todas as
noites comemos sem comemorações especiais. Por que esta noite celebramos a
Páscoa?
PAI:
Nossos pais foram escravos no Egito e Deus com sua mão forte e poderosa
libertou nossa gente da escravidão. Hoje Ele renova esta aliança com a gente
para nos dar forças e vencer também hoje o poder opressor. Vamos escutar um
pouco desta história!
Leitor:
Ex. 12, 1-20
(O dirigente explica o
sentido do cordeiro, da erva amarga e do doce (haroset) que simboliza a própria
vida feita de acontecimentos doces e amargos, mas sempre aberta à esperança)
- Ação de Graças pela saída
(de pé)
PAI: Em toda geração, cada um
deve considerar como se tivesse pessoalmente saído do Egito, como estáescrito: Ëxplicarás
então ao seu filho, isto é memória do que o Senhor fez por mim quando saí do
Egito. Portanto é nosso dever agradecer, consagrar, exaltar e adorar a quem
realizou todos estes milagres para com nossos pais e para nós mesmos. Ele nos
conduziu da escravidão à liberdade, do sofrimento `alegria, da desolação a dias
festivos, da escuridão a uma grande claridade e do cativeiro à redenção.
Refrão:
Glória, glória aleluia .... louvemos ao Senhor! Ou Eu louvarei eu louvarei eu
louvarei... ao meu Senhor!
- Louvor solene pelos Alimentos
Com.:
Neste momento “abençoa-se”o vinho e depois o pão ázimo, símbolos da escravidão
do Egito, da qual libertou o seu povo.
(O Pai toma o
segundo cálice e diz)
PAI:
Bendito sejas tu Senhor nosso Deus, rei do universo, que nos redimistes e
libertastes nossos pais no Egito, e nos permitistes estar vivos nesta noite
para participar do cordeiro, do pão ázimo e das ervas amargas. Possa assim o
senhor nosso deus e Deus de nossos pais permitir-nos viver até outras datas
festivas e santificadas. Nós te cantaremos novos hinos de louvor pela nossa
redenção e pela libertação de nossas almas. Glorificado sejas tu, ó Senhor, que
redimiste Israel.
Todos: (com o cálice nas mãos) Bendito
sejas tu, Senhor nossos Deus, rei do universo, que criaste o fruto da videira.
Refrão:
Bendito sejais ó Pai criador, Pai Santo e senhor bendito sejais!
Todos:
Bendito sejas Tu, senhor Deus do universo, que por teus mandamentos nos santificastes e nos
ordenaste a comer pão
Refrão:
Bendito sejais ó Pai criador Pai santo e Senhor bendito sejais!
Pai:
Vamos tomar as ervas amargas e colocar nelas um pouco de harosset (doce),
comprometendo-nos de assumir a vida de cada dia, feita de dores e alegria.
Todos misturam a erva com o doce e dizem:
Todos:
Bendito seja tu Senhor nosso Deus, Rei do Universo, que por tua vontade
santificaste e nos ordenaste a comer ervas amargas temperadas com a tua doçura.
Refrão:
Bendito sejais o Pai criador, pai santo e Senhor bendito sejais
(Neste momento p ritual é interrompido, divide-se o
cordeiro e o jantar é servido. É um momento de confraternização que expressa a
unidade e o amor.. O dirigente como um
pai de família pode explicar o sentido da refeição em família, pode-se ter um
fundo musical para contribuir com uma serena refeição)
- O Pão e o vinho da Benção
Aclamação ao
Evangelho
Canto: Pela
Palavra de Deus saberemos por onde andar ela é luz e verdade, precisamos
acreditar.
Leitura: Lucas
22, 7-27
Terceiro pão
ázimo é repartido
Com. É
agora que se dá a segunda distribuição de pão ázimo entre os convivas,
para terminar a refeição da Páscoa
segundo o costume israelita. Provavelmente foi neste momento da ceia que Jesus
tomou o pão, pronunciou a benção de ação de graças, parti-o e o distribuiu aos
discípulos dizendo: isto é o meu corpo, que é dado por vós.
Todos seguram o pedaço de pão
enquanto o pai reza
Pai:
Bendito seja o Senhor nosso Deus, rei do Universo, que alimenta o mundo nteiro
com bondade, graça, amor e misericórdia. Ele dá pão a todas as suas criaturas,
pois eterno é o seu amor e santo é o seu nome.
Todos: Bendito sejas Tu, Senhor nossos Deus que dás
alimento a todas as criaturas.
Canto: Bendito
sejais o Pai criador Pai santo e Senhor bendito sejais
Todos comem o pão e é servido
o terceiro Cálice: o CÁLICE DA BENÇÃO
Todos de pe com o cálice na mão rezam:
Todos:
Bendito sejas Tu Senhor nosso Deus, rei do universo, que criaste o fruto da
videira
Todos tomam o cálice da
benção e sentam-se
Todos comem o pão e é servido
o quarto cálice o CÁLICE DA ACEITAÇÃO
- Benção Final
O quarto cálice é servido
chamado Cálice da aceitação
Todos se levantam erguem o
cálice e rezam
Todos:
Bendito sejais Senhor nosso Deus, rei do universo, que criaste o fruto da
videira!
Refrão:
bendito sejais o Pai criador, Pai santo e Senhor bendito sejais!
PAI:
Agora amigos e irmãos, antes de nos separarmos rezemos juntos:
Todos:
ó Deus, nosso Deus e Deus de nossos pais, ao terminar esta refeição comemorando
a Páscoa da libertação, (assim como a ceia que Jesus celebrou com seus
discípulos), pedimos tua ajuda para levar ao nosso dia a dia esta mensagem de
liberdade e de vida.Por nosso testemunho queremos colaborar para que ninguém
viva sob o terror, o medo, a pobreza e a opressão. Que a luz da liberdade
chegue até os confins do mundo. Então poderemos todos viver, como teus filhos e
irmãos entre nós, com aquela liberdade que nos destes por meio de Jesus, teu
filho e nossos senhor, amém!
Pai: O Senhor vos abençoe
e vos guarde que Ele faça seu rosto brilhar sobre vós, que Ele se compadeça de
vós e vos dê a paz.
Todos: Amém (cantado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário